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Opinião: Pacto pela paz do Náutico ficou apenas numa fotografia

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 29/08/2017 às 19:14
Foto: Filipe Farias/especial para o JC
Foto: Filipe Farias/especial para o JC

Por Wladmir Paulino

@wladmir_paulino

O Pacto pela Paz do Náutico foi apenas uma fotografia. Qualquer pacto que seja só vira pacto de verdade no dia a dia, quando alguém renuncia a si para bem do coletivo. E no Náutico passou longe de ser assim. As palavras de Emerson Barbosa e do próprio presidente - agora ex - Ivan Brondi, são, mais que o último ato de uma gestão atrapalhada, um recado em alto e bom tom do que governa o clube desde que terminou o pleito que elegeu Marcos Freitas e o próprio Ivan: desordem, caos, egoísmo e ressentimento.

"O nível de acirramento político parecia não ter limites. Chegara a tal ponto, que de tanta frustração, cheguei a pedir a minha esposa que não gostaria de ser enterrado com o manto sagrado alvirrubro”.

Ivan Brondi

“Pois viso exclusivamente atender de fato o anseio de alguns em realizar uma antecipação plena do mandato do meu sucessor”.

Ivan Brondi

“Criou um clima de instabilidade dentro do clube e culminou com um ‘adentramento’, quase que invasão, na quinta, de sócios e conselheiros de comissão Resgate Alvirrubro, mesmo nome chapa vencedora. De uma forma muito hostil, essas pessoas colocaram o presidente em uma situação com reunião sem agendamento com cobranças descabidas”.

Emerson Barbosa

O Náutico virou um clube ingovernável, abandonado. Não há quem responda por ele. O tumulto adoeceu Marcos Freitas e levou uma figura gigantesca como Ivan Brondi ser xingado nas cadeiras como um técnico qualquer que houvesse perdido três partidas.

O que mais deve frustrar o torcedor é que apenas aquela fotografia do pacto iniciou uma transformação. O time voltou a vencer e deu sinais de que não se entregaria tão fácil. O Eládio de Barros Carvalho virou um canteiro de obras e o tão sonhando retorno à casa era um sonho palpável. Isso com uma foto. Imaginem os senhores o que seria possível com desprendimento, parceria e respeito?

A próxima gestão terá a responsabilidade que talvez nenhuma outra teve nos 116 anos do Náutico. Chegou ao poder pelo caminho da crise e da discórdia, tem processos na Justiça do Trabalho, salários a pagar de quem deixou o clube este ano, manter a reforma dos Aflitos e, principalmente, livrar os alvirrubros da terceira divisão.

Se há o bônus do poder também há a obrigação em fazer tudo diferente do que foi feito até hoje.

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