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Tristeza e hostilidade: os motivos que levaram Ivan Brondi a renunciar

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 29/08/2017 às 16:24
Brondi assumiu o mandato no dia 19 de dezembro de 2016. Foto: Karoline Albuquerque/Blog do Torcedor
Brondi assumiu o mandato no dia 19 de dezembro de 2016. Foto: Karoline Albuquerque/Blog do Torcedor

Ídolo do hexacampeonato pernambucano alvirrubro, Ivan Brondi renunciou ao cargo de presidente do Náutico nesta terça-feira (29), após 253 dias à frente do clube. Na carta lida por ele no pronunciamento, Brondi não escondeu a frustração com as divisões políticas do clube, chegando a revelar um pedido feito à esposa: não ter as cores do Timbu em seu enterro.

O agora ex-presidente classificou as divisões políticas como um "lado amargo, perverso", que ele não sabia nem gostaria de conhecer. "O nível de acirramento político parecia não ter limites. Chegara a tal ponto, que de tanta frustração, cheguei a pedir a minha esposa que não gostaria de ser enterrado com o manto sagrado alvirrubro", declarou.

A tristeza com o que viu também foi citada, em meio à frustração. Ivan Brondi afirma ter tentado bastante, durante a vigência do Pacto pela Paz selado com a chapa eleita para assumir o clube no próximo biênio. A chateação também se dá por ter sido xingado por torcedores ao ir acompanhar o Náutico em campo, na Arena de Pernambuco.

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"Mas não deu. Não quero voltar aos momentos que vivi até antes do pacto da paz. Não preciso. Não mais viverei. Minha história me permite gozar de plena liberdade de ir e vir com minha esposa, filhos, netos, ao estádio sem ser achincalhado, de não ter minha honra ferida e de ser respeitado da mesma forma que respeito a todos", acrescentou.

Por fim, Ivan Brondi ressaltou esperar que os torcedores alvirrubros entendam sua renúncia como uma "prova de desprendimento" do cargo e do poder. "Pois viso exclusivamente atender de fato o anseio de alguns em realizar uma antecipação plena do mandato do meu sucessor", pontuou.

Antes do pronunciamento, o então vice-presidente de futebol Emerson Barbosa corroborou as palavras do ex-mandatário, endossando os problemas passados por Brondi ao ir ao estádio. "Antes do Pacto pela Paz, o presidente já havia tido problemas na Arena com a esposa, abordado de forma abrupta por sócios e torcedores. Isso marcou o presidente negativamente. Ele sempre priorizava ir para as cadeiras ao invés do camarote", disse o dirigente.

Barbosa ressaltou que assim foi vista a necessidade do pacto e lamentou as divergências que motivaram o fim do acordo. Segundo ele, as divergências tinham como principal ponto opositor o vice-presidente e diretor financeiro Edno Melo, eleito presidente para o próximo biênio.

"Criou um clima de instabilidade dentro do clube e culminou com um 'adentramento', quase que invasão, na quinta, de sócios e conselheiros de comissão Resgate Alvirrubro, mesmo nome chapa vencedora. De uma forma muito hostil, essas pessoas colocaram o presidente em uma situação com reunião sem agendamento com cobranças descabidas", pontuou o diretor.

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