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"Exemplo de vida, pai, ser humano, irmão", diz irmão de Cléber Santana

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 29/11/2016 às 12:26
Cléber Santana foi uma das vítimas do voo da Chapecoense. Foto: JC Imagem
Cléber Santana foi uma das vítimas do voo da Chapecoense. Foto: JC Imagem

A família do meia pernambucano Cléber Santana aguardava a chegada do jogador ao Estado para comemorar Natal e Ano Novo, como acontecia todo ano. Em momento de luto, o irmão Cleidson Santana exalta o meia como um exemplo de vida, pai, irmão e ser humano.

Há três dias, os irmãos se falaram. "Ele esteve aqui no final do ano, no jogo contra o Santa Cruz (no mês de setembro) ele veio aqui. Ia viajar para outro lugar agora e depois chegava aqui, dia 15", aguardava Cleidson. Segundo ele, o irmão o criou, pois o pai dos dois havia falecido. Cléber é o exemplo de Cleidson. "Exemplo de vida, de pai, ser humano, irmão, pessoa, de tudo."

Ao saber da tragédia, Marinalva, mãe dos rapazes, precisou ser socorrida. Ela foi levada ao Hospital Esperança, em Olinda, por causa de uma queda de pressão. "Não sei como ela soube, se foi pela televisão ou se alguém veio dizer. Vim direto para cá. Meu amigo foi me buscar, eu estava sem condições. Choramos, nos abraçamos. Não aguentei e sai de perto. Porque eu não aguentava. Tive que mandar um amigo meu, Felipe, vir falar, porque eu não estava aguentando chegar perto para dar a notícia", disse Cleidson.

De acordo com ele, os familiares que estão em Santa Catarina seguem para a Colômbia. "Liguei para o meu sobrinho, o mais velho, Clebinho. Eu falei com minha cunhada. Ela vai para a Colômbia, porque aqui a gente não tem como ir para Chapecó. Eles vão de Chapecó para a Colômbia para reconhecer", informou Cleidson.

O avião que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana caiu na Colômbia, já próximo a Medellín. Oitenta e uma pessoas estavam à bordo da aeronave. Cinco pessoas sobreviveram.

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