Cléber - depois Cléber Santana quando deixou Pernambuco - não era o único diamante lapidado da geração 1981 do Sport. Numa linha um pouco mais atrás, a defensiva, havia um zagueiro de grande força física, daqueles que se impunham só de olhar para o atacante. Era Clécio Henrique Monteiro. Jogava duro sem ser desleal e a velocidade acima da média para quem jogava no setor o faziam uma grande promessa leonina. Mas o destino reservou para ele uma trágica partida, quase dez anos antes de seu companheiro que vestia a camisa 8 e organizava o time lá no meio de campo.
Dez dias antes de completar 27 anos, em 1º de fevereiro de 2007, Clécio foi encontrado sem vida no apartamento do hotel onde vivia, em Arapiraca, interior de Alagoas, onde defendia o ASA. A causa da morte nunca foi esclarecida.
O jogador havia jogado na noite anterior ao falecimento, uma quarta-feira. Foi substituído por sentir dores na virilha. Voltou para a concentração, jantou com o restante do elenco e foi dormir. O volante Lico, que também defendeu o Sport na mesma época que Clécio, lembrou, na época, que ambos haviam combinado de se encontrar no restaurante às 8h30 para o café da manhã. Até às 10h nenhum sinal do zagueiro. Preocupado, Lico insistiu nas ligações, nunca atendidas.
Foi ao quarto com a camareira, bateu, gritou. E, sem respota, arrombaram a porta. Encontrou o amigo caído no banheiro. Na época, o próprio ASA descartou a possibilidade de Clécio ter problemas cardíacos. Chegou-se a falar também em Acidente Vascular Cerebral, mas a Polícia Alagoana silenciou sobre o caso. No ano seguinte os familiares de Clécio pediram exumação do corpo e foram atendidos, mas o resultado não foi divulgado.
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