Doenças oculares aumentam no verão. Confira recomendações de oftalmologista

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 03/03/2017 às 18:20
No verão, as pessoas se expõem mais aos fatores que podem causar alergias e infecções (Foto: Free Images)
No verão, as pessoas se expõem mais aos fatores que podem causar alergias e infecções (Foto: Free Images) FOTO: No verão, as pessoas se expõem mais aos fatores que podem causar alergias e infecções (Foto: Free Images)

Faltam quase 15 dias para o verão terminar no Brasil e, apesar de não sentirmos muita diferença com a chegada da outono, os amantes da época mais quente do ano devem aproveitar o restinho da estação como se não houvesse amanhã. Ainda vale reforçar os cuidados que devemos ter nesse período, a exemplo dos cuidados com a pele, com os acidentes e até com os exercícios físicos. Outra atenção especial é com os olhos. Você sabia que as doenças oculares aumentam no verão?

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"No verão, as pessoas se expõem mais aos fatores que podem causar alergia. No calor, o olho é exposto a mais agressões, como praia, sol, vento, mais contato com outras pessoas, e tudo isso favorece tanto a irritação ocular como a disseminação de doenças", alerta a oftalmologista Bruna Ventura, do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope).

Esse grupo de infecções oculares - desde as alergias até os quadros clínicos causados por vírus ou bactérias - é denominado de síndrome do olho vermelho. Entre os sintomas mais comuns estão lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho (cisco), queimação, fotofobia e olhos avermelhados. "Além das alergias, é muito comum nesta época as conjuntivites. Com a volta das aulas das crianças, observamos também o aumento das doenças virais, como a conjuntivite viral", explica a médica. Vale ficar atento também às conjuntivites alérgicas e às conjuntivites químicas.

Mesmo com a exposição praticamente inevitável nesse período, adotar alguns hábitos pode evitar as doenças oculares. "Algumas recomendações são muito importantes nessa estação. Quem costuma tomar muito banho de piscina, o ideal é evitar piscinas com cloro ou, pelo menos, não mergulhar com os olhos abertos. Outra dica é evitar longos períodos dentro da piscina. Para quem usa lente de contato, a orientação é não usa-las na piscina e no mar", ressalta.

Outro alerta da especialista é em relação à automedicação. Aqui no blog já chamamos atenção para o perigo desse hábito. Com a saúde dos olhos não é diferente. "A automedicação é uma prática extremamente perigosa. Às vezes as pessoas pensam que colírio não é remédio. Mas assim como outros produtos usados no tratamento de doenças oculares, também é um medicamento. Ao notar os primeiros sintomas, o paciente deve consultar o médico especialista. Cada doença deve ser tratada de uma forma específica, seja com colírio, lubrificante ou antibióticos", finaliza a oftalmologista, especialista em cirurgia de catarata em crianças e adultos.