O empate por 0x0 com o Vitória deixou duas coisas bem claras sobre o time do Sport. A primeira é que se for preciso do banco de reservas para fazer algo diferente - seja durante o jogo ou para substituir algum titular ausente - haverá muita dificuldade. A segunda é que tanto o técnico quanto o próprio elenco parecem ter plena consciência dessa lacuna e, por isso, fazem das tripas coração para o time se manter competitivo.
As saídas de Sander (lesão), Cláudio Winck e Gabriel (suspensão) destruíram uma forma de jogar que já estava consolidada e aprovada. Milton Mendes sabe tanto disso que preferiu adaptar Andrigo na lateral para não mexer ainda mais na estrutura defensiva, que, inclusive chegou ao terceiro jogo seguido sem tomar gol. E por mais que o ex-jogador do Internacional não desconheça totalmente o setor, não é a dele.
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Somou-se a isso a ausência de Gabriel e temos um lado direito completamente novo e claramente sem a mesma condição técnica dos que saíram. Além de a resposta não ser a mesma, sobrecarregou o outro setor. A falta dos outros foi tão sentida que a justificativa de Milton para a entrada de Rafael Marques no posto de Rogério foi para "fazer a mesma função de Gabriel".
Com a suspensão cumprida, o time estará reforçado de Winck e Gabriel contra o Flamengo, um adversário bem mais qualificado que o Vitória. Em compensação perdeu Raul Prata, o que pode ser um problema se Sander não estiver cem por cento recuperado de uma lesão no tornozelo esquerdo. Durante todo ano a suplência do lado esquerdo foi um problema, já que Capa e Jean não foram aprovados.
O Sport se equilibra nos 11 titulares que iniciaram a reação lá atrás no jogo contra o Internacional. Qualquer ausência nesta reta final pode ser fatal.