O meia do Sport, Michel Bastos, seguiu a orientação do colega de seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010, Grafite, antes de fechar contrato com o Leão. Foi o que revelou o ex-atacante, que se aposentou da carreira de jogador em janeiro deste ano. Apesar de não trabalhar mais dentro das quatro linhas, Grafite tinha ciência dos bastidores nos três clubes da capital pernambucana, o que é comum entre os atletas das modalidade. As informações dos colegas de profissão são fundamentais para que uma negociação dê certo neste meio. Michel Bastos foi anunciado no Rubro-negro em abril de 2018, para reforçar a equipe na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro.
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"Antes do Michel Bastos vir para cá, ele me perguntou: 'negão, como é que está aí no Sport?'. Eu disse que estava bem, que tem um histórico de pagar em dia por estar há muito tempo na Série A. Hoje os jogadores conversam entre eles, tem essa movimentação", revelou Grafite durante o 1º Congresso do Futebol Pernambucano (CFUT/PE), realizano no Mar Hotel, nessa segunda-feira.
Propostas duvidosas
Grafite comentou um episódio específico sem revelar nome de jogador ou dos clubes que enviaram propostas para o atleta. "Em 2016 teve um acontecimento triste em um grupo que participamos no WhatsApp. Dois times procuraram por um colega nosso, coincidentemente no mesmo dia. E foi na época que estava aquela epidemia de chikungunya no Estado. Nesse grupo o jogador escreveu o seguinte: 'de manhã quem me ligou foi o zika, e à noite foi o chikungunya'. É triste falar isso porque esse cenário de dois anos atrás se perpetua até hoje", destacou.
Salários em dia
O principal fator que contribui para o acerto de um jogador com o clube, ainda é o pagamento de salários em dia, de acordo com Grafite. "O futebol pernambucano continua atrasando salários, não paga em dia, os clubes têm problemas não só financeiros, mas políticos. Mas o carro chefe para atrair grandes jogadores, de ponta é o Sport que está na Série A. Não pode contratar qualquer um. E o fato de estar pagando em dia, influencia e muito na contratação e na vida desse jogador que deseja trabalhar em Pernambuco"
Retorno para o Recife
Para o ex-craque, Recife continua sendo uma grande praça no futebol nacional, e por isso desperta o interesse de vários atletas em atuar na capital pernambucana, principalmente os que já tiveram a oportunidade de trabalhar no lugar. "Converso com muitos jogadores, que jogaram em 2016 e estão por aí no Brasil afora, que querem a qualquer custo voltar a jogar no Recife. Porque gostam do clima, da cidade, da rivalidade que existe, do torcedor. E até ontem o Sport era a opção número um".