Como já escrevemos em outra oportunidade, não há dúvidas de que a técnica do meia-atacante Diego Souza é algo quase incontestável no Sport, afinal ele já mostrou que pode decidir uma partida complicada e carregar o time nas costas quando necessário. O problema é que além dessa qualidade apurada, que está em falta, o Leão também precisa de um líder em campo. Alguém que puxe os companheiros não só com a técnica, mas com a capacidade de equilibrar as emoções em campo e ser o cara que serve de escudo para o time em momentos complicados. E nesse aspecto o camisa 87 vem devendo e muito.
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Não só pela expulsão infantil no jogo dessa segunda-feira, contra o Vasco, na Ilha do Retiro, mas por uma série motivos nos últimos jogos do Sport na Série A. Basta observar as reações de Diego Souza quando o time erra bolas, perde os jogos ou é contrariado pela arbitragem. Nesses momentos, o meia rubro-negro parece não ter a mínima noção de equilíbrio e se desespera como se o mundo fosse obrigado a girar conforme ele deseja. Nesse aspecto, as atitudes de Diego Souza lembram muito as meninices de garotos da base. O detalhe é que o camisa 87 tem mais de 30 anos e não pode mais se comportar assim.
Diego Souza é referência na Ilha do Retiro e precisa entender esse papel, seja nos bons ou maus momentos. Assim como gosta de aparecer em grandes feitos pelo clube, também precisa ter a serenidade para encarar as dificuldades, que são muitas. Pressão faz parte do futebol e é do jogo. Quando mais cedo Diego entender isso, melhor para ele. O mundo não é como ele pensa e nem gira ao redor dele.
Agindo como nessa segunda-feira ou como contra o Avaí, quando rebateu de maneira bastante mal educada o repórter Victor Bastos, da Globo, Diego Souza só mostra que não está lidando bem com a pressão. Mais prejudica o Sport do que ajuda no momento. Nesse caso, é quase obrigação da direção rubro-negra ter uma conversa com o jogador até para tentar encontrar um ponto de equilíbrio. A "DR" entre atleta e diretores é importante para evitar mais desgastes com a torcida, que não vem perdoando os desequilíbrios constantes do jogador.