Com orçamentos curtos, Náutico e Santa Cruz precisaram montar os elencos quase que sem nenhum remanescente do ano passado. Campeão estadual, o Timbu teve mais êxito nas investidas no balanço após o término de 2018, inclusive, refletido dentro de campo, apesar do fracasso tendo sido o mesmo na Série C do Campeonato Brasileiro. Os alvirrubros contrataram menos - 30 jogadores - contra 39 do rival tricolor e conseguiu manter mais titulares.
Além disso, o Náutico conseguiu revelar jogadores oriundos das categorias de base, permanecer com vínculo junto aos atletas, e manter o “capital ativo” com empréstimos diante do cenário de inatividade após fim deste ano precoce no final do mês passado. Entre os destaques do Santa Cruz, nenhum prata da casa. Apenas jogadores contratados e uma aposta alta em atletas experientes.
O Timbu saiu com um saldo positivo nesse balanço. Apenas jogadores como Camutanga e Dudu que, mesmo tendo boa sequência de jogos, não foram de encher os olhos, diferente de Ortigoza, que saiu como ídolo do clube. Vice-artilheiro de 2018, Wallace Pernambucano recebeu uma boa avaliação após ser bastante decisivo.
Os atletas que vieram da base conseguiram superar as expectativas e foram destaques na temporada: Robinho, Luiz Henrique e o próprio Bruno. Thiago Ennes, Negreti, Rafael Ribeiro e Camacho, atuaram bem no início do ano, mas foram perdendo espaço. Mesmo com o título, o desempenho dentro de campo não foi o suficiente para mantê-los entre os 11 principais.
Gilmar, Rafael Oliveira e Tharcysio, junto com Luiz Carlos, não chegaram a se mostrar dentro de campo. Nem mesmo Tharcysio, que atuou em seis partidas, mais que os companheiros. Do mesmo modo, Luiz Carlos que substituiu Bruno uma vez e jogou como titular em outra oportunidade. Rafael Assis também atuou pouco e oscilou muito nos confrontos.
Desde o início da temporada no elenco, Medina não conseguiu se encaixar. Também mal avaliado, Breno Calixto e Júnior Timbó chegaram a figurar os esquemas táticos alvirrubros, mas também não conseguiram uma sequência. Tiago Costa e Júnior Lemos chegaram como reforços para a Série C e não deram retorno positivo.
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Já o Santa Cruz demorou para montar o elenco e terminou pagando caro com a falta de opções no fim da temporada. O jogador que teve o maior destaque foi o atacante Pipico, contratado de última hora para reta final da Terceirona, e se consagrou artilheiro coral na competição com seis gols. Além dele, o companheiro de pelotão de frente Robinho também roubou a cena. Participou de 38 dos 40 jogos da temporada e se tornouo maior goleador do ano tendo marcado oito vezes.
Outros jogadores que não foram protagonistas, mas agradaram em campo foram os experientes Ricardo Ernesto e Sandoval (o primeiro já renovou o contrato e o outro interessa ao clube). Os jovens William Maranhão, Charles e Jailson também foram aprovados. A Cobra Coral não conseguiu permanecer com William, mas Charles chegou com contrato de dois anos e Jailson está na mira para renovar.
A grande decepção foi Carlinhos Paraíba, que chegou como a principal contratação e não correspondeu . Na mesma linha, Lima, que entrou em campo apenas uma vez, e nem foi apresentado, Valdeir, não chegou a jogar 90 minutos, Tiago Machowski, com uma eterna guerra contra a balança e atuações irregulares, além de Genilson, Leandro Costa e Augusto, pois pouco mostraram em campo.
Maílton, Allan Vieira, Augusto Silva, Eduardo (renovou contrato), Arthur Rezende e Geovani tiveram atuações regulares. Únicos jogadores revelados na base coral no elenco que terminou a Série C, Eduardo Brito e Jeremias não conseguiram uma sequência positiva e ficaram entre os reservas.
