A atriz Fernanda Nobre, que vive um relacionamento aberto com seu marido, o diretor de teatro José Roberto Jardim, deu detalhes sobre a relação durante sua participação no episódio lançado nesta quarta (9) pelo podcast Calcinha Larga, do Spotify. O casal está junto desde 2014.
"Quando a gente se conheceu, eu estava transando com dois amigos dele ao mesmo tempo. E ele falava: 'Cara, não vou namorar você. Você está no auge da sua potência, no auge da sua liberdade sexual, e eu acho lindo isso'. E eu não entendia. [Eu dizia:] 'estou transando com todo mundo, ó! Você não está namorando comigo'. E ele: 'Tá! Tudo bem'. Porque ele é um cara mais seguro e tem essa generosidade. Eu achava difícil de compreender isso, como se fosse uma falta de amor, mas me apaixonei", contou Fernanda Nobre.
Apaixonada, a atriz então decidiu que deveria deixar claro para ele que queria um relacionamento sério. "Eu falei: 'Cara, estou a fim de ter um namoro. Se não for com você, vai ser com outro cara'. A gente saía com outras pessoas, mas vivia essa relação que era aberta, não tinha rótulos [...] A gente ficou um tempo na monogamia, certinha, nananã... E eu, insegura [na monogamia], coisa que eu não tinha quando estava sem o rótulo."
"Me sentindo muito mais segura"
Num vídeo postado há meses em sua conta no Instagram, Fernanda Nobre confessou que se sente mais segura na relação aberta do que monogâmica. "A gente tem regras para isso dar certo; regras que eu impus para conseguir sobreviver a isso. Sabe o que é mais incrível? Eu estou me sentindo muito mais segura, porque tem um lado meu controlador, que eu sei o que está acontecendo, sei o que está fazendo parte da vida dele", disse a atriz, que, além de regra, também falou sobre ciúme.
Equidade versus propriedade privada
Ao Calcinha Larga, Fernanda Nobre falou, ainda, que a sua escolha por uma relação não-monogâmica é uma questão de equidade de gênero: "O que eu busco com o relacionamento aberto é equidade sexual, equidade de liberdade".
Em um vídeo publicado em outro no Instagram, a atriz falou: "Eu cansei da minha existência no ciúme. E quando comecei a estudar sobre a evolução da mulher na sociedade, eu aprendi que a monogamia veio da propriedade privada. De quando, há centenas de anos, os homens foram deixar seu patrimônio para seus herdeiros, e eles precisavam saber se aqueles herdeiros eram legítimos, então eles proibiram que suas mulheres tivessem relações com outros homens. Ou seja, essas mulheres se tornaram suas propriedades".
