'Jornal Nacional' surpreende telespectadores ao noticiar morte de Marcelo Rezende

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 17/09/2017 às 15:26
Marcelo Rezende à época da apresentação do "Cidade Alerta" - Foto: Reprodução
Marcelo Rezende à época da apresentação do "Cidade Alerta" - Foto: Reprodução

Telespectadores ficaram surpresos ao acompanharem a notícia do falecimento de Marcelo Rezende durante o Jornal Nacional. Há dois motivos para isso: Rezende era da Record TV, rival confessa da Rede Globo, além de que o "assunto" não foi anunciado na escalada, aquele início do telejornal, quando os apresentadores adiantam as principais notícias da edição.

No entanto, os âncoras de sábado (16), Chico Pinheiro e Monalisa Perrone, chamaram reportagem sobre o jornalista. E não poderia ser diferente: Marcelo Rezende integrou a equipe daquele telejornal e com destaque, nos anos 1990, já quando William Bonner era o apresentador.

A carreira de Marcelo Rezende na Globo foi lembrada por cerca de um minuto e meio do 2º bloco, com citação das outras emissoras por que passou: Band, Rede TV! e Record. Ao fim, Chico Pinheiro quebrou o protocolo, ao suspirar e desejar que o colega descanse em paz.

Carreira

Marcelo Luís Rezende Fernandes começou a carreira aos 19 anos. Passou pelo extinto Jornal dos Sports, Rádio Globo, jornal O Globo e revista Placar, até ir para a Rede Globo, em 1987, para a área de esportes.

Ainda na Globo, mas transferido para a editoria geral da Globo, o faro investigativo de Marcelo Rezende sobressaiu ao cobrir casos como a prisão dos sequestradores de Roberto Medina, do Rock in Rio; a busca por PC Farias, o crescimento do MST e o caso Favela Naval, quando em Diadema (SP), em 1997, policiais foram flagrados por um cinegrafista amador torturando pessoas. Este último caso é considerado divisor de águas na área de direitos humanos no Brasil.

A popularidade de Marcelo Rezende cresceu ao apresentar o programa da Globo Linha Direta. Mudou-se para a Band, onde comandou o semelhante Tribunal na TV, passou pela Rede TV!, na função de âncora de telejornal, e chegou à Record, onde esteve até maio à frente do Cidade Alerta. Por sua atuação no programa, de perfil sensacionalista, dividia opiniões, mas rendeu bons números de audiência à emissora.

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