Joseph Olin, criador de Tomb Raider, fala do poder dos games na economia

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 24/07/2015 às 15:03

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Foto: Paulo Floro/NE10. Foto: Paulo Floro/NE10.

"É incrível como cada região desenvolveu uma maneira muito própria de produzir games", disse Joseph Olin, um dos nomes mais importantes da história dos videogames, que fez a primeira palestra magistral na 4ª Campus Party Recife, no Centro de Convenções, em Olinda. Como um dos criadores de sucessos como Tomb Raider, ele deu dicas para desenvolvedores locais.

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Oin falou para criadores e desenvolvedores de uma nova era dos games, hoje uma indústria mais poderosa que o cinema em Hollywood. No primeiro trimestre deste ano, as empresas de jogos da América do Norte faturara, US$ 23,6 bilhões. Na América Latina foram US$ 4,5 bi. "Vocês precisam entender o comportamento dos jogadores de sua região e de seu público", disse mostrando um gráfico que apontava a predileção dos brasileiros por jogos de ação e aventura.

Responsável por mais de 100 jogos e produtos interativos, Olin tornou-se um midas do entretenimento. Além de ter criado jingles para Coca-Cola e ter sido um dos pais da boneca Barbie, hoje ele auxilia indústrias emergentes de games na América Latina. Lembrou que o mercado é altamente competitivo, mas que é possível driblar os desafios com disciplina. "Você precisa ser muito organizado e se dedicar com afinco ao seu quadro de metas".

E apesar dos maiores competidores do setor estarem nos EUA, Olin disse que a América Latina tem uma grande oportunidade para crescer. O Brasil está bem à frente de vizinhos com a Argentina e fatura, sozinho, US$ 1,5 bilhão de dólares. O México vem logo atrás com US$ 963 bi. Mas ainda temos um segundo número também impressionante: somos o segundo lugar em usuários ativos no planeta. Com cerca de 40 milhões de usuários ativos, perdemos apenas para os EUA (157 mi) em número de jogadores.