Miguel Coelho questiona suposto tratamento privilegiado a João Campos no Recife e cobra vacinação contra covid para professores de todo o estado

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José Matheus Santos

Publicado em 28/04/2021 às 9:40
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O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), reagiu, na manhã desta quarta-feira (28) ao que considera "tratamento privilegiado" à Prefeitura do Recife, administrada por João Campos (PSB), na vacinação contra a covid-19 após a capital anunciar o início da imunização para trabalhadores da educação contra 40 anos ou mais.

Miguel diz "o Recife anunciou vacinação para os professores antes de todos os demais municípios pernambucanos" e afirma ter pedido esclarecimentos ao Governo do Estado. Para o prefeito de Petrolina, "a prefeitura da capital tem recebido tratamento diferenciado por ser governada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e cobra a vacinação para os educadores de todos os municípios no mesmo período".

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De acordo com o prefeito de Petrolina, na última segunda-feira (26), um dia antes do anúncio da vacinação para professores no Recife, teria havido uma reunião com secretários de Saúde dos municípios, Governo do Estado e Ministério Público pactuando que "nenhuma cidade poderia avançar a imunização para outra categoria antes de concluir a aplicação das doses nos profissionais de saúde". "A Prefeitura de Petrolina - assim como todas as demais, inclusive a do Recife - acatou a recomendação", diz Miguel.

Miguel Coelho disse ainda que está "indignado" com a "mudança de estratégia anunciada pelo prefeito da capital, João Campos (PSB), no dia seguinte (à reunião)" e classificou a decisão da Prefeitura do Recife como "quebra de acordo". Além disso, o gestor petrolinense disse que vê "a conivência do governo estadual", chefiado por Paulo Câmara, também do PSB.

Para Miguel Coelho, os professores do Recife e de todas as cidades pernambucanas devem ser priorizados na vacinação. "Porém, não pode haver privilégio para prefeituras que são administradas pelo PSB. É muito preocupante porque, não só eu, mas outros prefeitos já tinham estranhado um suposto privilégio para a Prefeitura do Recife na distribuição da vacina após denúncia do portal UOL. Agora, um dia após todos os municípios acatarem uma determinação do Governo do Estado, acontece isso, uma quebra de acordo flagrante", criticou Miguel.

O prefeito de Petrolina argumentou ainda que o anúncio antecipado do Recife "pressiona todos os municípios, causando um conflito com a categoria dos professores".

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"Eu quero que todos os educadores sejam vacinados o quanto antes. Mas não posso antecipar esse processo porque o Governo do Estado não liberou essa etapa. Quando a Prefeitura do Recife anuncia a vacinação dessa forma, com a conivência do Governo do Estado, viola o que foi acordado. E mais, ainda joga toda a categoria dos professores contra os prefeitos pernambucanos. Se no Recife pode vacinar, em Petrolina, ou outra cidade também deve ser assim. Não pode uma prefeitura só porque é do PSB ter mais direito que todas as outras. Todos os professores merecem vacina", disse Miguel Coelho.

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