Vendas no comércio em Pernambuco têm alta de 3,2% em fevereiro, após dois meses consecutivos de queda

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José Matheus Santos

Publicado em 13/04/2021 às 12:13
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O volume de vendas do varejo em Pernambuco voltou a apresentar alta em fevereiro, após dois meses consecutivos de resultados desfavoráveis. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, o avanço do setor foi de 3,2% no período, o sexto melhor resultado do país, superior inclusive à média nacional (0,6%). Esse também foi o melhor índice do comércio para o mês de fevereiro no estado desde 2010.

Na comparação entre fevereiro de 2021 e o mesmo período do ano passado, Pernambuco também teve desempenho acima da média brasileira no varejo: enquanto as vendas recuaram 3,6% no país, avançaram 2% no estado. No acumulado do primeiro bimestre, a tendência se repete, com queda de 2,1% no país e avanço de 1,7% em Pernambuco.

Já a variação acumulada nos últimos 12 meses apresentou números muito semelhantes: aumento de 0,4% no Brasil e de 0,5% no comércio varejista pernambucano.

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Comércio varejista ampliado tem desempenho superior à média nacional

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, Pernambuco registrou alta de 7,7% no volume de vendas em fevereiro, a quarta maior do país e mais acentuada do que a média nacional, de 4,1%. Quando se compara a variação no segundo mês de 2021 com o mesmo período de 2020, a diferença é ainda maior, já que o Brasil teve retração de 1,9%, enquanto o estado teve alta de 9,5%.

Quando se considera a variação acumulada dos dois primeiros meses do ano, o comércio do país recuou 2,5%, enquanto Pernambuco avançou 5,2%. Já na variação acumulada dos últimos 12 meses, houve queda de 2,3% no Brasil e aumento de 0,1%, próximo à estabilidade, no estado.

Das 13 atividades varejistas pesquisadas, cinco tiveram alta entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (36,3%), que ocupam a primeira posição pelo segundo mês seguido, veículos, motocicletas, partes e peças (29,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (25,5%) que englobam lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos e similares, material de construção (12,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (5,6%).

Por outro lado, o setor do varejo que teve a maior queda entre fevereiro deste ano e o mesmo período do ano passado foi o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-42,3%), seguido pelos móveis, cujo recuo foi de 10,8%.

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No acumulado do primeiro bimestre de 2021, frente ao mesmo período do ano passado, a maior alta, de 36,1%, também ficou com os artigos farmacêuticos, mas os outros artigos de uso pessoal e domésticos passaram para a segunda posição, com aumento de 21,5% nas vendas, deixando os veículos, motocicletas, partes e peças em terceiro, com 14,4% de avanço. A maior queda ficou com os setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-40,3%).

No acumulado dos últimos 12 meses, os eletrodomésticos tomaram a dianteira, com aumento de 20,4% nas vendas, seguidos pelos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,6%) e pelos móveis e eletrodomésticos (14,6%). Os livros, jornais, revistas e papelaria tiveram o maior recuo (49,7%), seguido pela categoria de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-22,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-19,7%).

Vendas crescem em 19 estados na comparação com janeiro

De janeiro para fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista cresceu 0,6%, com predomínio de resultados positivos em 19 das 27 unidades da federação, com destaque para Amazonas (14,2%), Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%). Por outro lado, influenciando negativamente, estão oito unidades da federação, sendo as principais, em termos de magnitude Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%).

Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado avançou 4,1%, puxado por 22 unidades da federação, sendo as mais intensas registradas no Amazonas (20,2%), em Rondônia (9,9%) e no Piauí (9,5%). Já pressionando negativamente, figuram cinco unidades da federação, com destaque para Acre (-5,3%), Tocantins (-2,1%) e Amapá (-1,6%).

Frente a fevereiro de 2020, as vendas do comércio varejista caíram 3,8%, com predomínio de resultados negativos, que atingiram 18 unidades federativas, principalmente Rio de Janeiro (-8,5%), Rio Grande do Sul (-12,0%) e São Paulo (-1,8%). Pressionando positivamente, no entanto, estão nove unidades da federação, destacando-se Piauí (14,1%), Pará (4,1%) e Pernambuco (2,0%).

No comércio varejista ampliado, ante janeiro de 2020, houve quedas em 14 unidades da federação. Os destaques no campo negativo ficaram por conta de São Paulo (-2,9%), Rio de Janeiro (-7,3%) e Rio Grande do Sul (-9,0%). Das 13 unidades que registraram variações positivas, o IBGE destaca, além de Pernambuco (9,5%), Minas Gerais (2,7%) e Espírito Santo (8,2%).

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