Doença de Chagas: sobe para 33 número de pacientes em tratamento expostos a surto em PE

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/06/2019 às 15:07
Em Pernambuco, 29 municípios no Sertão e 11 no Agreste têm triatomíneos infectados, que atuam como vetores na transmissão e são chamados popularmente de barbeiro (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)
Em Pernambuco, 29 municípios no Sertão e 11 no Agreste têm triatomíneos infectados, que atuam como vetores na transmissão e são chamados popularmente de barbeiro (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem) FOTO: Em Pernambuco, 29 municípios no Sertão e 11 no Agreste têm triatomíneos infectados, que atuam como vetores na transmissão e são chamados popularmente de barbeiro (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)

Todos os 77 participantes de um evento religioso, em abril, no município de Ibirimim, no sertão pernambucano, onde ocorreu um surto de doença de Chagas, já fizeram coleta de sangue para análise. Até o momento, 26 pessoas tiveram resultados que positivaram para a enfermidade. Além delas, outras sete pessoas apresentam sintomas da enfermidade, mesmo com resultado negativo, e estão também em acompanhamento médico. Dessa maneira, sobe para 33 o número de pacientes em tratamento para a doença (os 26 com confirmação laboratorial mais os sete que estão sintomáticos). A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (19) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

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O tratamento medicamentoso é feito com o medicamento benzonidazol, produzido exclusivamente pelo Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe). Desses, 15 foram internados no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), com 12 altas. Outros três continuam internados, estáveis e recebem a assistência da equipe multiprofissional do serviço. Um paciente foi atendido em uma unidade privada de saúde e também já recebeu alta.

A SES ressalta que tem realizado a investigação do surto com a 6ª Regional de Saúde e com o município de Ibimirim. Também está sendo feita busca ativa dos participantes do evento e organizado o fluxo de atendimento dessa população. Todos os envolvidos no episódio estão inseridos na investigação.

Ainda foi realizada visita ao local do ocorrido e às casas do entorno (raio de 150 metros), não sendo encontrado nem o barbeiro nem vestígio do inseto. Também estão sendo visitados os locais que forneceram alimentação para o evento.

A secretaria ainda informou que o trabalho de investigação, além de prestar a assistência necessária aos envolvidos no evento, tem como objetivo descobrir a provável forma de transmissão da doença nesse surto, o que ainda está sendo investigada.