Gripe: Ministério da Saúde afirma que estados receberão 100% das doses de vacina até esta sexta

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 10/05/2016 às 15:24
Entre 45 confirmações para influenza A, 41 (91,1%) estão relacionados a H1N1 em Pernambuco (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)
Entre 45 confirmações para influenza A, 41 (91,1%) estão relacionados a H1N1 em Pernambuco (Foto: Diego Nigro/JC Imagem) FOTO: Entre 45 confirmações para influenza A, 41 (91,1%) estão relacionados a H1N1 em Pernambuco (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)

Imagem de mulher de máscara com mão espalmada em direção à câmera (Foto: Diego Nigro / JC Imagem) Até o momento, 49,5 milhões de doses do imunobiológico foram entregues aos estados, o que representa 93% do total de doses (Foto ilustrativa: Diego Nigro / JC Imagem)

O Ministério da Saúde (MS) informou que até esta sexta-feira (13) todos os estados já terão recebido 100% das doses da vacina (54 milhões) para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha de vacinação contra a influenza. Até o momento, 49,5 milhões de doses do imunobiológico foram entregues aos estados, o que representa 93% do total de doses. A campanha segue em todo o País até o dia 20 de maio.

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"O Ministério da Saúde adquiriu doses em quantidade superior ao público-alvo, o que chamamos de reserva técnica. Portanto, não há necessidade de correria aos postos de saúde porque tem vacina para todos que fazem parte do público-alvo", ressaltou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi.

Devem tomar a vacina pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. "Temos milhões de pessoas vacinadas, não só no Brasil, mas no mundo. Esta é uma vacina de vírus inativado, desta forma não tem capacidade de ocasionar um quadro gripal. O que pode ocorrer é que a pessoa, ao receber a vacina, coincidentemente, pode ter sido acometida por outros tipos de vírus em circulação e que não estão incluídos na vacina, inclusive aqueles que causam resfriados", explica a coordenadora da campanha, Carla Domingues.

Casos da doença

Neste ano, até 30 de abril, foram registrados 2.467 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.085 por influenza A (H1N1), sendo 411 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.

Pernambuco registrou até 30 de abril 373 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com 32 casos provocados pelo vírus da influenza A (H1N1). Dessas notificações, o Estado registrou 24 casos de SRAG com evolução para óbito. Do número de mortes, sete foram confirmadas com diagnóstico de influenza A H1N1.