Foto: Gabriel Siqueira/Recife Mariners
Por mais que o Conselho Deliberativo do Náutico justifique a paralisação do repasse das verbas do centro de treinamento em cima do uso da estrutura do campos por parte do beisebol e do futebol americano, os representantes desses dois esportes garantem que foram poucas as vezes que a estrutura do CT foi utilizada. "Treinamos apenas uma vez lá e fizemos um campeonato no último sábado", explicou Eduardo Menezes, um dos jogadores de beisebol do Timbu.
A situação do beisebol, por sinal, é a mais curiosa, já que havia um planejamento de instalar um campo oficial da modalidade no CT. Os custos seriam todos do investimento da Major League Baseball, a liga oficial dos Estados Unidos. Mas por conta de toda essa polêmica, a parceria com a MLB esfriou. "Conseguimos o investimento da Major League, mas o pessoal do CT não liberou o espaço. Já estamos procurando outro local", disse Eduardo, que lamentou muito a decisão do conselho usando o beisebol como argumento. "A gente entende que o futebol é o principal, mas aqui somos todos Náutico. Ficamos tristes com isso. Sempre que usamos o CT levamos sacos de lixo e usamos grama artificial para não estragar os campos".
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Atualmente o beisebol do Náutico não treina nem nos Aflitos mais. O local de preparação da equipe, que conta com 40 jogadores em média, é no Memorial Arcoverde, em Olinda, sem as condições ideais para a prática. "Treinamos no asfalto", enfatizou Menezes.
"Ficamos aliviados com essa decisão"
Já a diretoria do Mariners, equipe de futebol americano parceira dos alvirrubros, demonstrou certo alívio com a decisão do conselho. Segundo o presidente da instituição, Julio Adeodato, com essa medida, a expectativa é que a equipe pare de ser usada para cristo. "A gente acredita que é um problema que envolve a insatisfação com o futebol, mas foi um alívio essa decisão", afirmou.
Apesar disso, Adeodato argumenta que o Mariners nunca trouxe custos para o Náutico e não prejudica a estrutura tanto do centro de treinamento como dos Aflitos. "Jogamos na Arena Pernambuco e o próprio engenheiro do gramado disse que estava igual a uma partida de futebol. Quando usamos o CT deixamos do mesmo jeito que pegamos. E estamos nos Aflitos faz mais de um ano e as áreas mais desgastadas são a do pênalti e do gol".
Ainda assim, mesmo com toda a polêmica do CT, Julio convida os conselheiros do clube para conhecer um pouco mais a modalidade. "Sempre que tem isso eu chamo para conhecer mais. Estou 100% aberto para o diálogo".
