O Náutico fez um jogo equilibrado contra o América-RN e se não fosse um erro do assistente Eduardo Couto teria melhor sorte na partida. O equívoco do auxiliar definiu a vitória do time da casa por 1x0, gol do artilheiro Rodrigo Pimpão, ainda no primeiro tempo. O poonto conquistado fez os alvirrubros chegarem aos 49. No próximo sábado, o time de Dado Cavalcanti encerra seu compromisso na Série B diante da Ponte Preta, na Arena Pernambuco. O time do Rio Grande do Norte chegou aos 43 e saiu, momentaneamente, da zona de rebaixamento.
» Técnico viu falta de pontaria e apatia do time
O América-Rn bem que tentou impor correria no começo do jogo. Pegou o Náutico ainda se ambientando e por muito pouco Rodrigo Pimpão não abriu o placar aos dois minutos. Ele entrou na área com facilidade e chutou rasteiro. A bola bateu parte interna da trave esquerda e voltou passando por trás do goleiro Júlio César. Depois disso, o timbu conseguiu equilibrar as ações usando o lado direito de seu ataque com um revezamento de Bruno Furlan e Marinho no setor. O time da casa respondia nos contra-ataque usando os lados do campo. Nem a presença de Marinho impediu as descidas de Wanderson pela esquerda.
O América chegou a marcar aos 12, mas Márcio Passos, que cabeceou em posição de impedimento, bem marcado. Na hora do gol Rodrigo Pimpão também estava em posição irregular mas essa passou. Aos 27, Wanderson cruzou e Max cabeceou para o chão. Júlio César fez um milagre e Pimpão, adiantado, completou para as redes. Sem grandes responsabilidades e jogando num 4-3-3, o Náutico deixou muito espaço no meio de campo, que poderia ter sido mais explorado pelo time de vermelho.
Vendo o buraco no meio de campo, o técnico Dado Cavalcanti tirou Bruno Furlan e voltou para o segundo tempo com mais um meia, Cañete. O toque de bola alvirrubro ficou um pouco mais rápido mas faltou acertar o passe final. Por outro lado, esse jogador a mais no meio tirou o América-RN do campo pernambucano.
O América não conseguiu forças para ganhar terreno e passou a atuar mais no contra-ataque e não conseguiu levar perigo. As melhores finalizações dos potiguares foram de longa distância. Os alvirrubros, com dois meias habilidosos, tentavam trocar passes até chegar cara a cara com Andrey. Um pouco menos de preciosismo poderia ter rendido melhores frutos.
Sem algo mais
O Náutico não se omitiu, mas aquela vontade de vencer não entrou em campo. Uma prova da frieza do time foi o gol do América-RN. Rodrigo Pimpão estava meio metro à frente do último defensor alvirrubro, mas nenhum jogador timbu sequer esboçou alguma reclamação.
Bateria aérea
O grandalhão Max foi acionado o tempo todo no seu ponto forte: a bola aérea. Por isso, todo mundo de vermelho que chegava próximo da área timbu levantava a bola para o camisa 9. Só no primeiro tempo foram 16, o dobro do Náutico.
Demorou
A entrada de Cañete deu a Vinícius o companheiro que faltava. A dupla conseguiu dividir bem o espaço no campo e fez boas tabelas. Só pecou pelo excesso de preciosismo em alguns momentos e por ter mostrado sintonia quando o time não aspirava a mais nada.
Ficha do jogo:
América/RN: Andrey; Walber, Cleber, Edson Rocha e Wanderson; Márcio Passos, Fabinho, Daniel Costa (Neto) e Arthur Maia (Andrezinho); Max e Rodrigo Pimpão. Técnico: Roberto Fernandes.
Náutico: Júlio César; Neílson, Renato Chaves, Luiz Alberto e Gaston Filgueira; João Ananias, Elicarlos (Luizinho Melo) e Vinícius; Sassá (Crislan), Marinho e Bruno Furlan (Cañete). Técnico: Dado Cavalcanti.
Estádio: Arena das Dunas, em Natal (RN). Árbitro: Pathrice Wallace Correa Maia (do Rio de Janeiro). Assistentes: Jackson Massarra dos Santos e Eduardo de Souza Couto (ambos do Rio de Janeiro). Gol: Rodrigo Pimpão, aos 27 do primeiro. Cartões amarelos: Edson Rocha, Fabinho, Crislan e Cañete. Público: 15.592.
