Foto: Edmar Melo/Acervo JC Imagem
Entre o desapontamento e a resignação o técnico do Náutico, Dado Cavalcanti, usou números para avaliar a atuação de seu time na derrota para o América-RN, na Arena das Dunas. Para ele, o time foi taticamente equilibrado, principalmente no segundo tempo mas a pontaria, ou melhor, a falta dela, impediu qualquer possibilidade de outro resultado que não fosse um revés.
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Ele lembrou que o timbu finalizou tanto quanto o adversário mas só acertou uma bola em direção ao gol. De acordo com levantamento do Footstats os dois times tentaram fazer o gol 15 vezes. O América acertou oit e errou sete. O Náutico só mandou uma em direção da barra. As outras 14 falharam. "Como pode ganhar desse jeito", questionou, em tom de lamento.
Realmente, os números dos alvirrubros mostram que o time jogou mas não caprichou em quase nada. Em outro fundamento, o Náutico também chegou perto do que produziu o time potiguar, os cruzamentos. Os comandados de Dado tentaram 17 vezes contra 23 dos pupilos de Roberto Fernandes. Apenas três saíram corretamente dos pés dos pernambucanos. Algo bem melhor poderia ter sido feito por quem ficou com a bola em 57,2% do jogo.
O nível de disposição de cada um também fica claro nas faltas cometidas. Enquanto o América cometeu 34, pois precisava desesperadamente da vitória para não ser rebaixado, o Náutico fez apenas 13.
"O time teve posse (de bola), corrigiu a marcação e rodou mas não chutou dentro do gol e isso foi primordial para o resultado. Mas não posso culpar os jogadores. Há um desgaste emocional muito grande, foram muitas críticas e mesmo assim houve um ressurgimento. E num momento como esse em que com quatro ou cinco rodadas de antecedência livrou um rebaixamento tem que ter inteligência para administrar o momento. Mas é bem isso: ninguém se revolta, faz apenas o trivial de forma honesta e tranquila enquanto o adversário dá a vida", resumiu.
