Cibercriminosos usam greve dos caminhoneiros para disseminar links maliciosos pelo WhatsApp

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 29/05/2018 às 12:27
Kaspersky Lab/Reprodução
Kaspersky Lab/Reprodução FOTO: Kaspersky Lab/Reprodução

Como em qualquer momento de crise, a greve dos caminhoneiros - e a subsequente falta de combustível nos postos de gasolina e outros problemas de distribuição - deixa a população sedenta por informações. E é nessas horas que os cibercriminosos aproveitam para atacar.

Hackers brasileiros estão disseminando links maliciosos através do WhatsApp com falsas listas de postos que receberam abastecimento. Como em ataques anteriores, a campanha utiliza um tema popular e da engenharia social para se propagar.

De acordo com a empresa de segurança digital Kaspersky, em menos de 24 horas mais de 60 mil usuários acessaram a página falsa e foram expostos a ciberataques que podem variar de acordo com o sistema operacional do smartphone.

Modus operandi

Ao acessar o link, o usuário é redirecionado para uma página fraudulenta e, para acessar a falsa lista com os nomes dos postos que ainda tem combustível, solicita a cidade e estado em que a vítima se encontra.

Imediatamente após compartilhar o link com seus contatos no WhatsApp, o site fraudulento irá, por meio de uma série de redirecionamentos, encaminhar o usuário para sites que oferecem serviços premium, instalação de aplicativos legitimos ou apenas um direcionamento para sites cheios de propaganda.

“É a mesma tática de golpes anteriores que utiliza um tema de grande interesse da população, só que em um momento crítico de uma greve”, afirma Fabio Assolini, analista senior de segurança da Kaspersky Lab. “O criminoso ganha de muitas formas: pelos milhares de page-views no site cheio de propaganda, pela instalação dos aplicativos sugeridos pela página, num esquema de pay-per-install ou até mesmo com a oferta de instalação de apps maliciosos, como já vimos anteriormente”, finaliza o analista.

O domínio em questão utilizado no golpe (oportunie.com) já foi utilizado anteriormente para hospedar outras campanhas maliciosas disseminadas via WhatsApp.

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