Pesquisa aponta que brasileiros não se protegem do sol da forma completa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 28/12/2016 às 11:54
Pesquisa apontou que somente 23% das pessoas usam o protetor solar diariamente para se proteger do sol (Foto: Pixabay)
Pesquisa apontou que somente 23% das pessoas usam o protetor solar diariamente para se proteger do sol (Foto: Pixabay) FOTO: Pesquisa apontou que somente 23% das pessoas usam o protetor solar diariamente para se proteger do sol (Foto: Pixabay)

Uma pesquisa inédita sobre os hábitos dos brasileiros em relação à exposição ao sol e fotoproteção revelou que nenhum dos entrevistados se protege de forma completa no cotidiano. O levantamento encomendado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e realizado pelo Datafolha também apontou que somente 23% das pessoas usam o protetor solar diariamente, como recomendado pelos dermatologistas.

Leia também:

» Teste de qualidade de óculos de sol precisa ser revisto, aponta estudo

» Pessoas com olhos claros devem ter cuidado redobrado com exposição ao sol

» Exposição à luz visível exige uso de filtro solar em ambientes fechados

» Pesquisa alerta: 23% dos pais ignoram risco da exposição solar excessiva

De 23 a 27 de agosto o Datafolha avaliou os hábitos de fotoproteção de 2069 mil brasileiros em 130 municípios. Quando questionados sobre a proteção solar nos momentos de lazer, 4% dos entrevistados (representando cerca de 6 milhões de brasileiros) não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago, isto é, quando estão diretamente expostos aos raios e com roupas de banho, com mais partes do corpo expostas.

Já o principal horário de exposição dos brasileiros na praia ou piscina é das 10h às 15h (44%); ou seja, o pior horário para pegar sol. "Além de não se protegerem ainda se expõe ao sol no pior horário", destaca Sérgio Schalka, coordenador da Pesquisa e do Consenso de Fotoproteção da SBD.

Dos entrevistados que têm filhos até 15 anos, 20% dessas crianças e adolescentes não se protegem de forma alguma nas atividades de lazer. Se a análise incluir as classes D/E, esse percentual sobe para 35%. "Isso é preocupante, pois sabemos que a exposição até os 18 anos é a mais prejudicial à saúde", aponta o dermatologista. As mulheres usam significativamente mais o protetor solar nas atividades de lazer (79%) do que os homens (52%), enquanto que os brasileiros de menor escolaridade e nível sócio-econômico são os que menos usam o protetor solar (50%) na praia ou piscina.

O levantamento serviu para traçar um perfil do brasileiro e elaborar medidas mais efetivas de prevenção ao câncer de pele. "a pesquisa é importante para que possamos tomar iniciativas mais sólidas de prevenção ao câncer da pele. Ainda temos grande parcela da população que não se previne adequadamente, precisamos reverter este quadro", finaliza Schalka.