Vai ao STJD: advogado confirma que Sport solicitará anulação do duelo contra Juazeirense

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Lucas Holanda

Publicado em 11/03/2021 às 12:58
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O duelo entre Juazeirense x Sport promete durar alguns dias na Justiça. Isso porque o advogado Osvaldo Sestário, que representa a defesa do Leão, informou que o clube leonino vai pedir a não homologação do resultado da partida, que foi 3x2 para os baianos, e também comentou que o Rubro-Negro está se preparando para solicitar junto ao STJD que o jogo seja anulado e a Juazeirense seja punida. Por meio da assessoria de imprensa leonina, o advogado também disse que já enviou um ofício que já foi aceito pela CBF pedindo que seja realizada um a perícia na parte elétrica e na irrigação do estádio Adauto Moraes. Além disso, Sestário se mostrou bastante inconformado com a decisão do árbitro Ramón Abatti Abel de ter alegado abandono da partida por parte do Sport.

"Já enviamos um ofício à CBF pedindo perícia no estádio na parte elétrica e irrigação, que já foi atacada e será feita com pessoas capacitadas para isso. Lamentamos  que o árbitro deixou de relatar vários fatos e vamos tomar providências, porque aconteceu muita coisa e ele não relatou. Também tem o fato que a Juazeirense não é primário nisso, já teve incidente no jogo com o Vasco da Gama também pela Copa do Brasil (em 2019). E a gente também vai fazer um pedido ao STJD e CBF para que não homologue o resultado da partida para que seja aberto um inquérito e apurar essas ocorrências, e também no sentido que a partida seja anulado e o clube da Juazeirense ser eliminado pelos fatos ocorridos", afirmou Sestário.

Sestário também faz queixas afirmando que o árbitro não relatou acontecimentos importantes na súmula. Segundo o advogado, não deixaram o Sport gravar vídeos do que estava acontecendo em campo. Além disso, trouxe uma regra da Fifa em que não permite a volta de um jogador a campo após ele desmaiar, algo que ocorreu com o zagueiro Dedé. "Não é possível que o árbitro tenha paralisado o jogo alegando que não tinha condições de voltar e, uma hora e quinze minutos depois, voltar nas mesmas condições. Os jogadores do Sport não se recusaram a voltar, mas sim jogar daquela maneira, fato que não foi relatado pelo árbitro", explicou.

"O regulamento geral das competições de 19 a 23 é bem específico. Temos mecanismos na justiça desportiva para que os direitos do Sport sejam levados em consideração e que essa situação seja revista, para que esse jogo torne-se um marco para que para fatos como esse, que envergonham o futebol brasileiro, não aconteçam mais", finalizou.

ENTENDA O CASO

Por conta de uma queda de energia nos refletores do estádio Adauto Moraes na reta final do jogo, quando o confronto estava 3×2 para a Juazeirense, o duelo ficou paralisado por um longo período na reta final do segundo tempo. Segundo o juiz, o confronto ficou parado por uma hora: 20 minutos por causa do primeiro problema elétrico, 30 minutos após ouvir do capitão do Leão, Patric, de que o Sport só terminaria o embate após a volta completa da iluminação, e mais 10 minutos para aguardar uma possível solução. Na súmula da partida, inclusive, o árbitro catarinense Ramon Abatti Abel afirmou que encerrou o jogo porque o Leão se recusou a reiniciar o confronto.

 

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