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Biometria da torcida pode virar lei em Pernambuco

Luana Ponsoni
Luana Ponsoni
Publicado em 25/08/2020 às 17:58
Foto: Alexandre Fondim/JC Imagem
Foto: Alexandre Fondim/JC Imagem

Basta nova série de violência das torcidas organizadas no Recife acontecer para voltar à tona a implantação da biometria de torcedores nos principais estádios de Pernambuco. Se no passado os clubes ficaram no "jogo de empurra" com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), muito em breve alguém poderá ter de pagar a conta. A medida foi uma das ações discutidas na reunião entre autoridades, na tarde desta terça-feira (25), sobre o novo plano de contenção às facções. A diferença é que a biometria nas praças esportivas pode virar lei estadual.

A ideia foi sugerida durante conversa entre o juiz do Juizado Especial do Torcedor (Jetepe), Flávio Pontes, o delegado Paulo Moraes, da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, o major André Leite e o tenente coronel Tibério Noronha. Eles se encontraram após os dois últimos episódios de violência envolvendo possíveis membros da Fanáutico e Jovem do Sport, extintas desde fevereiro pela Justiça.

Forçar a biometria nos estádios por meio de uma lei estadual preconiza o que já está no Estatuto do Torcedor. A mesma lei já foi sancionada em Goiás, onde equipamentos esportivos com capacidade acima de 10 mil pessoas precisam contar com o dispositivo de segurança. Esse quantitativo de público é superado pela Arena de Pernambuco (46 mil), Ilha do Retiro (35 mil), Aflitos (23 mil) e Arruda (60 mil).

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"Talvez seguir esse modelo de biometria de Goiás, criando também essa lei da biometria. Talvez o de reconhecimento facial, que é mais avançado. Aqui, no passado, não foi colocado para frente por causa do alto custo", comentou o juiz Flávio Pontes.

FINALIDADE

A biometria teria por finalidade criar um banco de dados de pessoas com histórico de violência e cruzá-lo com as informações das autoridades de segurança.

A prevenção, por sinal, foi um dos pontos mais abordados na reunião desta tarde. O aumento do monitoramento das redes sociais das facções esteve na pauta, já que esse é o canal por onde os confrontos são marcados. Reforço de policiais civis envolvidos nas investigações também pode acontecer.

"Queremos o aperfeiçoamento desse monitoramento com trabalho de prevenção e investigar se as pessoas que estavam indo aos estádios (antes dos jogos de portões fechados, pela pandemia) são integrantes das torcidas extintas (Torcida Jovem, Fanáutico e Inferno Coral). Também falamos em atacar o comércio deles e dar mais ênfase às ações contra os cabeças, para enfraquecê-los. Claro que há muitas outras coisas que precisam ser feitas e que serão discutidas em reunião com o promotor do Jetepe (José Bispo) na próxima semana", conclui o juiz Flávio Pontes.

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