Há uma década, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho imaginou como seria um Recife Frio. Quase onze anos depois, nordestinos voltaram a brincar com o tema, após um equívoco do ministro interino da saúde Eduardo Pazuello, que disse que a região, junto também com o Norte, é influenciada pelo inverno do hemisfério norte, sendo fria no começo do ano. Por isso, resolvemos também imaginar: como ficaria o futebol se nevasse em Pernambuco?
Para responder à pergunta é só recorrer ao futebol internacional. Em campo, não mudaria muita coisa. O mais importante seria usar a bola completamente laranja ou qualquer outra cor berrante para se destacar na neve. Quanto à precipitação, ela não interrompe jogo. Um grande exemplo disso é a partida entre Colorado Rapids e Portland Timbers, pela MLS, em março de 2019, terminado em 3x3.
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— Colorado Rapids (@ColoradoRapids) March 3, 2019
Naquele dia, Denver, capital do estado do Colorado, viu a temperatura cair durante o jogo. O que começou com um gramado visivelmente verde terminou coberto de neve, com os termômetros marcando -8ºC. Nada que assustasse os torcedores presentes. E aí entra também outra diferença.
Nas arquibancadas, os chinelos seria trocados por botas e os shorts e bermudas dariam lugar a calças quentinhas. O colorido das camisas de Náutico, Santa Cruz e Sport dariam lugar às cores dos casacos. Espetinhos e salsichões ficariam de fora das comidas típicas nos estádios e picolé nem pensar. As cervejas dariam lugar a um café ou chá. Quem sabe até chocolate quente para manter o corpo aquecido.
Como alguns torcedores sugeriram, o calendário também mudaria. Afinal, seria bom garantir os meses de calor para as férias. Assim, a Copa do Nordeste e o Campeonato Pernambucano começariam no mês de agosto e terminariam entre novembro e dezembro. A bronca é só conciliar essa temporada euronordestina com o restante do calendário do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
Mas, fica tudo para a imaginação mesmo. Que calor arretado!
