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Santa Cruz acerta redução salarial com elenco; confira opiniões de atletas e direção

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 22/04/2020 às 18:46
Foto: Filipe Farias/JC
Foto: Filipe Farias/JC

Depois de negociações com jogadores e funcionários, o Santa Cruz chegou a um acordo sobre a redução salarial para o mês de abril nesta pandemia do novo coronavírus. Com os atletas, apesar da redução de jornada de 50%, o Tricolor reduzirá os salários em 30%, contando ainda com o subsídio do Governo Federal para completar este valor que será pago. Desta maneira, a economia do clube neste período - já que sua folha salarial geral é de R$ 600 mil líquidos - será de 35%. Em valores, o Tricolor economizará R$ 210 mil. A reportagem do Jornal do Commercio e da Rádio Jornal apurou com a diretoria coral e com os jogadores os detalhes deste acerto.

“O acordo que conseguimos formatar junto com os atletas, numa negociação aberta, transparente e bastante compreensiva, foi oportuna para as duas partes. Do lado do clube, isso vai gerar um impacto na ordem de 30% no valor total dos vencimentos somados CTPS e direito de imagem e evidentemente que o clube está fazendo da medida provisória 936/2020, sancionada no dia 1 de abril que permite que seja feita suspensões de contrato, reduções da jornadas de trabalho e de salário, e todos os departamentos do clube foram atingidos para poder a gente garantir e manter 100% a empregabilidade e não deixar que falte nada para nenhum funcionário”, explicou o membro do núcleo de gestão do Santa Cruz, Ítalo Mendes.

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As medidas tomadas pelo Santa Cruz se baseiam na Medida Provisória 936, publicada no dia 1 de abril. A partir dela, o Governo Federal autorizou as suspensões contratuais e as reduções de jornadas de trabalho, de maneira equivalente a salarial. Quanto aos demais funcionários, os que não exercem serviços essenciais tiveram seus contratos suspensos e o clube segue arcando com 30% dos salários. Os de serviços essenciais contaram com redução de 50%.

“Com o subsídio do governo através dessa MP, conseguimos algo em torno de 122 mil reais, que vai ajudar nos vencimentos do mês de abril com certeza, que vence em maio, e a MP contempla que toda a redução seja feita por até 90 dias e suspensão por 60 dias, ou até enquanto durar o estado de calamidade. A partir do momento em que as coisas retornarem à sua normalidade, todos que tiverem aderido à MP vão retornar ao seu contrato de trabalho normal sem redução e sem suspensão”, completou o dirigente.

No caso da utilização desta MP, o teto do valor pago pelo Governo Federal é R$ 1.813, que equivale ao máximo desembolsado através do Seguro Desemprego. Sendo que, como o Santa Cruz reduziu em 50%, o Estado subsidiará metade do teto. Ou seja, R$ 906. A diferença neste valor é paga pelo próprio Santa Cruz. Por exemplo, se um atleta recebe R$ 10 mil do clube, nesta situação, terá R$ 5 mil da CTPS (valor variável de atleta para atleta), mais R$ 906 do Governo Federal, e o Tricolor complementa com R$ 1094, completando assim os R$ 7 mil.

ELENCO

Já é de conhecimento de todos os jogadores as dificuldades que o Santa Cruz enfrentava antes da pandemia. Agora mais ainda. Desta forma, os jogadores conversaram com os dirigentes e aceitaram sem maiores problemas o que foi proposto nesta redução salarial.

“O clube apresentou essa proposta de redução de 30% do salário e a gente tem aproveitado isso daí. Sabemos que é complicado e que todos têm suas condições, suas vidas, mas a gente tem entendido porque temos acreditado no projeto do clube, nas pessoas. A gente quer, às vezes, ‘perder’ agora para ganhar lá na frente, no final do ano tendo um acesso, vislumbrando uma situação melhor para o Santa Cruz e as nossas carreiras. O elenco tem acreditado e por isso tem tido também essa compreensão de estar reduzindo o salário agora, mas acreditando que podemos recuperar esse valor lá na frente”, afirmou o zagueiro William Alves.

O parceiro de zaga dele, o capitão Danny Morais também concorda com a proposta feita pelo Santa Cruz. Ciente da situação do financeira do clube, ele acredita que foi um meio-termo para que nenhum dos dois lados se prejudicasse mais ainda. 

“Na minha opinião, o que o clube propôs é condizente com o que estamos vivendo no país, especialmente em relação à sociedade e tudo mais. Não tem como o clube, sem receita, fazer os pagamentos integrais. E nós temos que nos adaptar como todos os cidadãos têm se adaptado também. Recebi de maneira boa, o clube pensou no bem dos atletas também e passar por essa pandemia mais fortalecido, e achar um meio-termo que o clube pudesse ser efetivo nos pagamentos mas que também não prejudicasse todo o ano do clube”, concluiu o defensor.

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