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Vitória sobre o Atlético-MG deu grande visibilidade ao Afogados

Marcos Leandro
Marcos Leandro
Publicado em 01/03/2020 às 11:29
O Afogados eliminou o Atlético-MG nos pênaltis após empate em 2x2 no tempo normal, pela segunda fase da Copa do Brasil. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG
O Afogados eliminou o Atlético-MG nos pênaltis após empate em 2x2 no tempo normal, pela segunda fase da Copa do Brasil. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Eliminar da Copa do Brasil uma equipe da representatividade do Atlético-MG fez o Afogados protagonista de um dos maiores feitos dos times do Sertão de Pernambuco na história. Em sua primeira participação em uma competição nacional, a equipe de Afogados da Ingazeira, a aproximadamente 400 km do Recife, ganhou do Galo mineiro na Quarta de Cinzas por 7x6 nos pênaltis, após 2x2 no tempo normal.

O abismo entre os dois clubes – sobretudo financeiro, uma vez que o Afogados tem folha mensal de R$ 100 mil e o Atlético de R$ 9 milhões –, fez a Coruja do Sertão ganhar muita visibilidade nacional. Na terceira fase da Copa do Brasil, a equipe vai encarar a Ponte Preta em jogos de ida e volta. A CBF vai sortear os mandos de campo no dia 5 de março. Por ter chegado a essa etapa, a equipe sertaneja já tem garantida a premiação de R$ 2,69 milhões.

O treinador Pedro Manta analisou o momento do Afogados. “Acho que a visibilidade é mais importante do que o dinheiro no momento. A visibilidade do nosso trabalho, da minha comissão e das pessoas que fazem o Afogados. Claro que precisa mudar o patamar, buscar novos ares, reforçar essa equipe com dois ou três atletas para a nova fase da Copa do Brasil e Pernambucano. A gente também tem uma Série D que vem pela frente e tem uma série de processos que a gente precisa sentar e resolver”, explicou o técnico.

Pedro Manta também falou sobre sobre a parte financeira. “Claro que a premiação é importante. Motiva. Tenho jogadores que ganham aqui R$ 700 e 1 mil reais. É complicado. Agora é hora do cara se arrumar, comprar um terrenozinho e ajudar a família. Mas o mais importante é o espaço que a gente está conquistando. E agora seja o que Deus quiser. Vamos trabalhar para fazer ainda mais história”, comentou.

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SERTÃO

Os times sertanejos começaram a aparecer no Estadual a partir da interiorização nos anos de 1990. Petrolina, 1º de Maio, Flamengo de Arcoverde, Serrano, Serra Talhada e Itacuruba foram alguns deles. O que mais se destacou, sem dúvida, foi o Salgueiro, vice-campeão estadual em 2015 e 2017. Na Copa do Brasil, em 2013, o Carcará chegou à quarta fase, sendo eliminado pelo Internacional. Porém, a maior façanha foi derrotar o Paysandu na Curuzu por 3x2 em 2010, obtendo o acesso para a Série B do Brasileiro.

“Tanto o acesso do Salgueiro a Série B, como a classificação do Afogados na Copa do Brasil são todos feitos históricos. Entendo que o avanço de fase na Copa do Brasil tem mais peso, por ter enfrentado uma equipe de Série A e conquistar a vaga de uma maneira épica, histórica e com o componente de muita emoção nos pênaltis, além da premiação ser muito importante no planejamento financeiro do clube no ano”, afirmou o comentarista da Rádio Jornal, Maciel Júnior.

Já para Carlyle Paes Barreto, colunista do JC e comentarista da Rádio Jornal, ambos foram feitos grandiosos, mas o do Salgueiro um pouco mais. “Sem dúvida a classificação do Afogados é um dos maiores feitos da história recente do futebol pernambucano. Mas talvez não seja o maior entre sertanejos. Talvez perca em importância para a também épica vitória do Salgueiro sobre o Paysandu, no caldeirão da Curuzu, classificando o Carcará para a Série B. Se o empate em casa com o Atlético-MG deu R$ 1,5 milhão à Coruja, aquela vitória deu um ano inteiro de calendário ao Salgueiro. Além de ter garantido a cota da Segundona, bem maior que a da Copa do Brasil”, argumentou Carlyle.

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