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Supercopa da Espanha estreia novo formato na Arábia Saudita em meio a polêmica

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 08/01/2020 às 11:44
Foto: Giuseppe CACACE / AFP
Foto: Giuseppe CACACE / AFP

Da AFP - A partir desta quarta-feira (8), Valencia, Real Madrid, Atlético e Barcelona disputam um novo formato de Supercopa da Espanha em forma de 'final four', com o objetivo de impulsionar um troféu em queda de popularidade e agora marcado pela polêmica de sua disputa na Arábia Saudita.

Valencia e Real Madrid vão jogar na quarta a primeira semifinal, enquanto que Barcelona e Atlético de Madrid se enfrentam na quinta valendo a outra vaga na final de domingo no estádio da Cidade dos Esportes Rei Abdullah em Jidá, no litoral do Mar Vermelho.

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Pela primeira vez desde que esse troféu foi criado, em 1982, a disputa não será apenas entre o vencedor da Liga espanhola e o campeão da Copa do Rei, mas entre o campeão (Barcelona) e o vice-campeão (Atlético de Madrid) do campeonato espanhol e os finalistas da Copa do Rei (Valencia e Barcelona).

Como o Barça foi finalista da Copa do Rei e campeão da Liga, o Real Madrid ficou com a quarta vaga por ter um melhor retrospecto na Copa do Rei do que o Betis, que foi o outro semifinalista deste torneio.

Transformação ou morte

"A Supercopa tinha duas possibilidades, dois caminhos: um era acabar, encerrar a competição. O outro era buscar um formato atraente que gerasse interesse e muito mais receita", explicou em novembro o presidente da Federação Espanhola (RFEF), Luis Rubiales, para justificar a mudança de formato.

A Supercopa é ampliada com a participação de quatro equipes principais da Liga Espanhola e é transferida de agosto a janeiro, com jogadores já em plena temporada e em forma, o que promete mais espetáculo.

A mudança é complementada com sua saída da Espanha, como aconteceu na edição passada, em 2018, quando Sevilla e Barcelona disputaram o título na cidade marroquina de Tanger com a vitória do Barça por 2x1.

A Federação Espanhola segue assim os passos da França e da Itália, que disputam este troféu há anos longe de suas fronteiras.

Em dezembro passado, a Lazio venceu a Juventus por 3x1 em Riade, capital da Arábia Saudita, enquanto que o PSG venceu a Supercopa da França no ano passado contra o Rennes por 2x1 na cidade chinesa de Shenzhen.

Escolha polêmica

Depois do Marrocos, a Federação decidiu levar a Supercopa nos próximos três anos para a Arábia Saudita, país que, segundo a imprensa espanhola, pagaria cerca de 30 milhões de euros por ano para sediar esta competição.

"Além da receita dos clubes participantes, aquela que a RFEF receberá desta competição será usada integralmente para melhorar o futebol não profissional, ou seja, segunda e terceira divisão, futebol feminino e futsal", lembrou a Federação em uma declaração anunciando o acordo com o país asiático.

Mas, esse acordo também gerou polêmica na Espanha quando a televisão pública espanhola anunciou que não concederia direitos de transmissão do torneio por ser disputado "em um local onde os direitos humanos não são respeitados", especialmente o das mulheres.

Várias jogadoras espanholas de futebol também criticaram a decisão, incluindo a atacante do Utah Royals, Vero Boquete, que a considerou "um erro grave".

Ciente de que essa polêmica poderia acontecer, a RFEF garantiu que o acordo "contempla o acesso irrestrito das mulheres às partidas e o lançamento de uma competição de futebol feminino na Arábia Saudita".

"Esta Copa é a Copa da Igualdade", declarou o presidente da RFEF, Luis Rubiales, em novembro, garantindo que "eles nos pediram para ajudar a transformar o país e vamos fazê-lo. Temos a chance de mudar as coisas".

"Tudo o que signifique uma tentativa de mudança, como Rubiales disse, tentar levar as mulheres aos estádios, aproveitar o esporte para se unir, acho que é algo maravilhoso e esplêndido", disse por sua vez o capitão do Real Madrid, Sergio Ramos.

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