Do Trio de Ferro do Recife, o Santa Cruz é o time que terá o orçamento mais modesto para o começo da temporada. Com uma folha salarial girando em torno dos R$ 400 mil, abaixo dos R$ 500 mil do Náutico e R$ 1,2 milhão do Sport. Porém, anos anteriores, em um passado recente, já mostraram que essa disparidade financeira não é garantia de títulos ou conquistas dentro e fora de Pernambuco. O elenco coral se apoia neste pensamento, vendo que, do lado de fora, questões estruturais têm sido melhoradas para os atletas desempenharem seu futebol. Junto a isso, há a constante busca por reforços para montar uma base para ter bons resultados neste ano.
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“A gente está aqui ralando desde o dia 10 (de dezembro). Independente dos nomes, todo mundo que está aqui, novo, velho ou chegou ontem, está em busca de um objetivo. Trazer reforços mais renomados ou caros não coloca ninguém na frente de ninguém. Quando cheguei em 2015, tinha três ou quatro jogadores. A maioria vindos da base, em condições bem diferentes dos que hoje se apresentaram, e acabamos campeões do Campeonato Pernambucano e subimos de divisão. Em 2016 foi diferente, manteve a base. Enquanto nós estamos passando por esse processo de organização, é uma coisa que vai acontecer até poder ter contratos mais longos, jogadores que permaneçam. Isso junto com a estruturação do clube, sofremos um pouco dentro de campo. Mas cabe a nós entrar com a camisa do Santa Cruz e somos obrigados a pensar em vitória. É assim que vai ser e está sendo desde o primeiro dia da apresentação”, avaliou o zagueiro Danny Morais.
TRABALHO COM ITAMAR
Uma característica forte de Itamar Schulle é a exigência de profissionalismo por parte de seus atletas. Que se treine com o mesmo comprometimento e intensidade exigidas em uma partida oficial. Danny Morais, um dos remanescentes da equipe das duas últimas temporadas, liderança do elenco, não se vê com lugar garantido no time. Se cobra o mesmo tanto para estar em condições iguais aos seus companheiros na disputa por posição.
“Esse processo passa por avaliações. Não é porque estou aqui e já joguei aqui que tenho garantia. Estou todo dia batalhando pra mostrar para ele (Itamar Schulle). Não precisa fazer mistério. É normal. Vai acontecer. Quando não é briga para quem vai ficar, é para ver quem vai jogar. Essas batalhas diárias são constantes em todas equipes e lugares. Em relação ao trabalho dele, é um cara que preza muito pelo dinamismo, cobra muito dentro de campo, atitude, trabalho intenso. Está sendo cada vez melhor entendido. A gente tende a crescer com o trabalho dele e, com o grupo completo, a gente tende a crescer”, finalizou o ‘xerife’ coral.
