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Presidente do Schalke 04 é suspenso do clube por declarações racistas

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 08/08/2019 às 13:14
Foto: Sascha Schuermann/ AFP
Foto: Sascha Schuermann/ AFP

AFP - O Schalke 04, da primeira divisão alemã, suspendeu na noite de terça-feira seu presidente, Clemens Tönnies, durante três meses por declarações consideradas racistas em relação aos africanos.

O conselho de deontologia censurou o dirigente em um comunicado por ter "infringido a proibição de discriminação incluída nos estatutos do clube". Apesar disso, foi considerada "infundada" a acusação de racismo e por isso não aplicou sanções mais graves, como a demissão.

A polêmica se estendeu durante vários dias na Alemanha depois das declarações feitas na quinta-feira pelo presidente do Conselho de Supervisão do Schalke 04 durante uma conferência de profissionais do setor alimentício, no qual o empresário prosperou, fazendo uma fortuna de cerca de 2 bilhões de euros segundo a revista Forbes.

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Em seu discurso, Tönnies se opôs à imposição de impostos ao carbono na Alemanha para lutar contra o aquecimento global. E para reduzir as emissões, defendeu a construção de um grande número de centrais elétricas na África. "Assim os africanos deixariam de cortar árvores e de fazer crianças desde o momento em que escurece".

"Quanto mais penso nisso, mais se torna inimaginável que um homem de sua posição e de sua experiência fale da população de um continente inteiro de uma maneira tão desagradável", opinou Cacau, de 38 anos, ex-jogador da seleção alemã nascido no Brasil e hoje comandando o Comitê de Integração da Federação Alemã de Futebol (DFB).

Integração "não deve ser posta em risco"

Assim como Cacau, várias personalidades condenaram as palavras de Tönnies, incluindo a ministra da Justiça, Christine Lambrecht. "Em nenhum outro lugar a integração é tão bem sucedida e tão rápida quanto no esporte, não deve ser posta em risco", criticou a política, que pediu para que o DFB "gerisse" o caso Tönnies.

Tönnies se desculpou no domingo, com um comunicado divulgado no site do clube, afirmando que foi "inapropriado" e garantindo que defende os valores do Schalke, que se opõem a qualquer forma de "racismo, discriminação ou exclusão".

Nos últimos dias várias polêmicas sacudiram o futebol alemão. Acusado de simpatizar com o movimento neonazista, Daniel Frahn, capitão do Chemnitz (de terceira divisão), cidade onde ocorreram importantes manifestações anti-imigração após uma convocação da extrema-direita no ano passado, foi despedido.

No final de julho, dois comentaristas do canal de televisão do Borussia Dortmund, inclusive o ex-jogador Patrick Owomoyela, foram sancionados depois de uns deslizes verbais durante um amistoso do BVB contra a Udinese da Itália, no qual Owomoyela imitou a voz de Adolf Hitler ao vivo.

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