Após quase seis anos, o zagueiro William Alves retornou para o Santa Cruz e já jogou. Tendo atuado diante do Confiança, o defensor fez partida segura e agradou. A sua última partida com a camisa coral havia sido pela Copa do Brasil de 2013, entre Santa Cruz e Internacional, no Rio Grande do Sul. O Colorado venceu a partida por 2 a 0 e eliminou o Tricolor da competição. Hoje, aos 31 anos, William chega após passar por seis clubes diferentes, no Brasil e no exterior. E a experiência adquirida pode ser um os principais fatores que agregam neste retorno.
“Naquela primeira passagem do Santa Cruz ainda era um jogador mais novo, sem tanta experiência quanto hoje em dia. Acabei rodando por diversos lugares aqui no Brasil, tanto fora, mas é trazer essa vivência do futebol, a pressão que existe em clubes de massa como o Santa Cruz. Tentar passar tranquilidade aos jogadores novos que, talvez, não tenham essa bagagem. Para que a gente mantenha o foco no nosso objetivo e no nosso trabalho para comemorar no final do ano”, destacou William Alves.
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ABRAÇOU O PROJETO
Quando atuou pelo clube, em 2012 e 2013, o zagueiro conquistou dois títulos do Campeonato Pernambucano. Além disso, foi um dos destaques da equipe e chamou a atenção do Náutico, que o contratou para disputar a Série A. Neste período, o Santa Cruz voltou a viver a “gangorra” no Campeonato Brasileiro. Disputou a Série A, B e C, na qual está pelo segundo ano consecutivo. Para ajudar a estabilizar o clube novamente no cenário nacional, William aceitou o projeto apresentado pelo clube.
“A minha volta se deve muito a isso, acreditar no projeto que a diretoria passou. A acreditar que o Santa Cruz possa voltar ao lugar que ele deve estar. Desde a minha saída carreguei um carinho grande do clube, fiz amizades que levei tanto da diretoria quanto de jogadores que joguei naquela época. O Santa Cruz é um clube especial para mim e não pensei duas vezes em poder retornar e ajudar”, comentou.
“Vi algumas melhorias dentro do clube do que tinha naquela época, que era um momento mais delicado do clube. Dá para fazer um trabalho bom para deixar o Santa Cruz numa série em que ele mereça estar, que é a Série B ou a Série A por um longo tempo, porque é uma equipe de torcida imensa”, acrescentou William.
GRUPO ATUAL
No elenco de hoje do Santa Cruz, não há nenhum atleta que jogou com o defensor naquela época pelo Mais Querido. Porém, alguns ele já conhece, como o lateral esquerdo Carlos Renato, que veio também do Mirassol. Tendo menos de uma semana no Tricolor, o zagueiro já se sente à vontade com companheiros e comissão técnica. Tanto que ele fez questão de elogiar o trabalho feito por Leston Júnior, que destacou como um técnico “coeso”.
“Um grupo fantástico que recebeu a gente muito bem. Um pessoal que está querendo buscar coisas grandes, trabalhador, que quer os objetivos e sabe da dificuldade que é jogar uma série C pelo Santa Cruz. Um clube de torcida que todo mundo procura trabalhar. O treinador também é muito coeso nas suas ideias e tenta passar para a gente que, mesmo passando por uma fase boa, o objetivo lá na frente a gente sabe que só vai se conquistar se tiver o acesso. Não pode passar por uma fase boa e achar que está tudo bem. E nem pode passar por uma fase ruim e achar que vai estar tudo errado. Ele tenta passar essas ideias claras de jogo e a gente vai tentando assimilar da melhor forma possível”, encerrou.
