Para quem tem a segunda pior defesa do Brasileirão - 53 gols sofridos - passar três jogos sem ver as redes vazadas é motivo de comemoração, ainda que isso tenha provocado um efeito colateral negativo no setor ofensivo. Nos três jogos em que não tomou gol, o time da Ilha do Retiro marcou apenas um. E é nisso que reside agora, o fato de o time não ter desgarrado da zona de rebaixamento.
O técnico Milton Mendes não tem do que reclamar. Aliás, ele é só elogios ao desempenho do time nos cinco jogos de invencibilidade. A explicação para a recente dificuldade em marcar é o preço da reação. Para ele, quanto melhor o time jogou, mais chamou a atenção dos rivais, que passaram a estudar e se preocupar mais.
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"Quando os jogos vão passando mais as equipes vão se conhecendo, então fica cada vez mais difícil. Mas se a gente não leva gol, não perde", lembrou.
Mesmo com a escassez recente de gols, Milton acredita que é coisa de momento, pois vê características positivas em seus jogadores de todos os setores. "Temos jogadores completos em todos os setores, é esperar o momento certo para as coisas acontecerem", pontuou.
Embora a quantidade de gols tomados seja alta, o Sport apresenta uma boa quantidade de desarmes, um dos indicativos que a defesa vem funcionando. No total foram 617 nos 34 jogos disputados até agora, o que coloca o time da Ilha em oitavo lugar neste ranking.
No ranking de melhores finalizadores, o Leão vem um pouco abaixo, em 12º lugar, mas, mesmo assim, com um volume total (384) maior do que equipes estão bem acima dele na pontuação, como por exemplo, o vice-líder Internacional (371) e o quinto colocado São Paulo (349). O que vem fazendo a diferença a favor dessas equipes e contra o Sport é o aproveitamento dessas finalizações.
