Era uma quinta-feira, a delegação do Sport estava no Rio de Janeiro para jogar contra o Vasco em uma sequência complicada na Série A de 2015. No começo da noite, a notícia na Rádio Jornal e repercutida por todos os veículos, dava conta da saída do treinador Eduardo Baptista do comando do Sport, e o destino seria o próprio Rio, precisamente nas Laranjeiras para treinar o Fluminense.
Eduardo só comunicou ao executivo de futebol da época, Nei Pandolfo, que fez o trabalho de informar aos dirigentes. O atual presidente do Sport, Arnaldo Barros era o VP, o homem forte do futebol na gestão Martorelli.
"Naquela saída, eu demorei a conversar (com a diretoria). Vazou a informação. Eu tenho carinho por Arnaldo. Nós vivemos momentos intensos. Ele me ajudou e eu ajudei ele também. Eu não tive a chance de falar, mas é um cara com quem eu tenho muita vontade de conversar. Eu o respeito por tudo o que ele fez e por tudo que ele é. Foi mais um ruído de comunicação. As coisas tomaram uma proporção, mas não teve nada", disse Eduardo na apresentação da volta ao clube.
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Não faria de novo
A maneira pela qual resolveu deixar o comando do Sport repercutiu. Eduardo foi criticado pela torcida e por dirigentes também. Ciente de que com mais um resultado negativo correria o risco de ser desligado, Eduardo disse sucumbir a pressão e resolveu sair do comando. A falta de maturidade atrapalhou e garante que não repetiria o feito.
"Era treinador no início, a gente vivia um momento de muita pressão e acaba que eu achei que talvez minha saída melhorasse. Eu não faria de novo, mais maduro eu suportaria a pressão. Mas foi um erro. O Sport está no meu coração", pontuou.