Foi só a Copa do Mundo parar por dois dias para cair em nossa realidade. Dura realidade. Tumulto na entrada de estádio, desconforto, sujeira. E o mais podre de tudo: a violência gratuita de bandidos que se aproveitam do futebol para seguir na barbárie, em seus submundos medievais.
Se agredir um adversário apenas pelo fato de vestir camisa diferente já seria insano, massacrá-lo em bando é algo animal. Como fez gângsteres antes do jogo do Santa Cruz com o Remo. Bater por bater. Sem medir consequência. E bater de novo. Mesmo que o inimigo já esteja caído, desacordado.
Numa civilização que já se acostumou a tanta baderna, arrastões, mortes.
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Numa civilização que já se acostumou a tanta baderna, arrastões, mortes.
Com direito a descaso policial. A viatura chega, faz barulho, bota o bando para correr e fica por isso mesmo. Sequer levando a vítima (provável baderneiro também) para prestar depoimento. Ou para o hospital.
Numa batalha que já vinha sendo anunciada há semanas. Sem interesse de ser impedida. É o nosso triste futebol.
Pelo menos nesta terça tem Copa do Mundo. Ajudando a esquecer esse cotidiano.