Lances polêmicos que vêm colocando em discussão a decisão de alguns árbitros podem ser explicados devido à falta de comunicação das entidades de futebol. A Confederação Brasileira de Futebol a nível nacional, e a Federação Pernambucana de Futebol a nível local, não comunicaram mudanças de interpretações em determinados lances, como as penalidades máximas ou mão na bola. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, afirmou que a confusão foi provocada por um erro das instituições.
"A CBF errou que deveria ter feito o seminário nacional e as federações erraram porque não transmitiram as mudanças à imprensa antes do Estadual o que foi recebido da Fifa. Essa questão do impedimento, ela hoje está consolidada e é o que a Fifa determina. A questão de mão na bola e bola na mão, ela já houve uma diretriz no início do campeonato nacional do ano passado. Ela já vige. Aquele conceito de bola na mão tradicional, ele não existe" disse Evandro em entrevista à Ralph de Carvalho na Rádio Jornal, na manhã desta segunda-feira.
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"Nós só podemos fazer que esses detalhes cheguem até o torcedor, se for passado esse tipo de regra para a imprensa. Então se a Fifa determina que é assim, eu particularmente, acho absurdo. Eu acho que pênalti só deveria existir se o jogador pulasse para agarrar a bola, mas não importa o que eu acho, importa o que a Fifa determina que seja aplicado pelos árbitros", opinou o presidente da FPF.
Evandro ainda ressaltou a interpretação da jogada e destacou a posição da entidade máxima do futebol. "Se ele não foi em direção à jogada, está na lateral, fora da jogada, e a bola bate acidentalmente no braço dele, não é penalidade. Mas importa o que a Fifa determina. A Fifa não pergunta se a gente acha certo ou errado, ela simplesmente encaminha uma determinação dizendo que a partir de agora tal lance deverá ser interpretado dessa forma e acabou. Isso é um dogma, é como o Vaticano. É a encíclica da Fifa. Nós não temos o que fazer".