Wladmir Paulino
@Wladmir_Paulino
Há muito tempo o Náutico não vivia um momento tão positivo, dentro de suas conhecidas limitações. Após a péssima campanha na Série B que culminou com a queda para a terceira divisão, os alvirrubros não são um primor de time, mas a vitória com autoridade sobre o Sport no clássico da semana passada deu o impulso que a equipe precisava na temporada. O empate com o Vitória no último domingo pode até ser encarado como um balde de água fria, mas se analisarmos friamente o desempenho, o time criou, chegou perto do gol e, não fossem erros individuais, poderia ter ampliado sua liderança no Estadual.
Para completar, conseguiu um resultado heroico na Copa do Brasil a apenas nove minutos do apito final. No dia seguinte, anuncia a contratação de um jogador que, inicialmente, faz o torcedor sorrir: Ortigoza tem know-how suficiente para ser o líder técnico da equipe. Resta ao jogador comprovar na prática o que se espera dele.
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Fora de campo, a classificação para a segunda fase da competição nacional também é uma boa injeção financeira nos cofres do clube. O que falta, efetivamente, é uma participação maior do torcedor. E, principalmente, ele entender que o foco está lá na frente, na Série C. Claro que o jejum de títulos rende uma enorme pressão, mas ele é só uma parte de um caminho ainda mais longo.
Até agora, os passos foram dados corretamente, o que credencia a diretoria, que assumiu em meio àquela que talvez tenha sido a maior crise política da história alvirrubra, a manter o trabalho como está sendo feito. E que ninguém passe a achar que é o melhor do mundo numa vitória nem o pior dos piores nas derrotas.