O técnico Roberto Fernandes admite que o que o Náutico precisa fazer para escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B é "muito próximo do impossível". Mas, como treinador, ele motiva seus atletas, mantendo a esperança no melhor e preparados para o pior. No fim das contas, se o decesso realmente vier para o Timbu, Roberto quer evitar cair com a lanterna da competição em mãos.
Ao iniciar sua observação, em entrevista à Rádio Jornal, o alvirrubro explicou que treinadores que perdem na essência a vontade de vencer, nem que seja um amistoso, precisa pensar em aposentadoria. Com isso em mente, o técnico encara o Clássico das Emoções do próximo sábado (4) pela 33ª rodada da Segundona, às 16h30 (horário do Recife) no Arruda, como uma decisão. Depois do embate, Roberto quer ver o que acontece na final seguinte, pois não há outra situação para o Náutico.
"Tenho alertado os atletas que você sempre tem que esperar o melhor, mas tem que se preparar para o pior. E o que é se preparar para o pior? Se aquilo de melhor não vem e acontecer o pior, você tem que estar pronto para agir no pior também. Eu tive uma conversa muito franca com os atletas. E se chegar uma partida aonde o Náutico não tenha mais chances de permanência, o número de jogos que restar tem que jogar para ganhar, porque nós não vamos aceitar passivamente, por exemplo, terminar como lanterna do campeonato", continuou.
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Ainda com esperança na manutenção, Roberto Fernandes cita o ABC como exemplo. O time potiguar ainda é o lanterna da competição, mas quebrou uma sequência de onze jogos sem vitória e agora vem de quatro partidas invicto, com três vitórias, um empate e a soma de 10 pontos de 12 disputados.
"Quem imaginaria isso? Por que o Náutico não pode também de repente agora encaixar uma sequência de vitórias?", questionou. "É difícil? É. Se for olhar de forma macro, eu diria que seria muito próximo do impossível. O que o Náutico precisa fazer nos últimos seis jogos é o que o Corinthians para ser campeão não teria capacidade de fazer. O Internacional, que liderou bastante o campeonato, acho muito difícil conseguir fazer", ponderou o técnico.
Colocando as questões de lado, o treinador alvirrubro mantém o foco no Clássico das Emoções, uma rivalidade pouco conhecida para parte do elenco, motivado, segundo ele, pela grande rotatividade do futebol. "Mas a gente tem passado para o grupo que, apesar de todas as dificuldades, tem que focar, trabalhar com futebol, em fazer o melhor. E é isso que espero do grupo e é para isso que estamos trabalhando. Vamos tentar fazer um grande jogo diante do Santa Cruz para a gente buscar a vitória, que é o que nos interessa. E é o que interessa ao Santa também", concluiu.
