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Náutico perde para o Goiás e vê distância para fora do Z4 aumentar

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 06/10/2017 às 23:22
Foto: Marcos Souza/ Estadão Conteúdo
Foto: Marcos Souza/ Estadão Conteúdo

O Náutico foi dominado pelo Goiás do primeiro ao último minuto, mostrou todas as imperfeições que o levaram a brigar contra o rebaixamento a Série B inteira e perdeu por 2x0 na noite desta sexta-feira (6), no Serra Dourada, em Goiânia. Para piorar, os resultados dos outros jogos não ajudaram e a diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento aumentou, já que o novo 16º colocado é o Figueirense tem 32 pontos, nove a mais que os timbus. Essa distância ainda pode aumentar neste sábado com o complemento da rodada.

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SÓ A VONTADE SALVA

Reclamar de que falta bola no time do Náutico é algo espinhoso. Não que seja mentira. O time, sim, é limitado tecnicamente. Mas se não fosse, não estaria na condição em que se encontra, certo? O que não falta é vontade, disposição, entrega. O que podemo colocar é até onde com muita vontade e técnica questionável o grupo vai. No jogo desta sexta, eram gritantes os motivos que levaram o time a lutar contra o rebaixamento: dificuldade, de alguns jogadores, em dominar a bola e conduzí-la a bola, os primeiros fundamentos do jogo, dificultaram muito as ações ofensivas.

Restou a correria de Gilmar e uma disposição titânica de Amaral, por exemplo. Mas a dificuldade do time criar uma situação para finalizar é a maior prova de que, por enquanto, só a vontade não vai resolver.

TATICAMENTE

O técnico Roberto Fernandes optou por um 4-3-3 na tentativa de 'espelhar' o sistema do Goiás - preencher os setores com a mesma quantidade de jogadores. Mas o Goiás fez o mesmo, só que adiantado os setores. Os alvirrubros não acompanharam a descida e criou-se um espaço maior que o tolerável entre a defesa e os meias. O time da casa ficou mais tempo com a bola e sempre rondando perigosamente a área pernambucana. Se não fosse Jeferson a situação poderia ter complicado mais. Ele fez grandes defesas em duas grandes participações de Elyeser, num escanteio cobrado fechado e numa cabeçada à queima-roupa.

GOL

Para se ter uma ideia, a única jogada digna de registro do Náutico no primeiro tempo foi um chute de Giovanni de muito longe, aos 20 minutos. A bola desceu de repente e Marcelo Rangel mandou a escanteio. No fim da etapa, Victor Bolt acertou um belo lançamento para Carlos Eduardo, ele deu dois cortes em Manoel antes de fuzilar Jeferson, no canto direito aos 43 minutos.

MAIS UMA BAIXA NO ATAQUE

O ataque, que já sofria de inanição no primeiro tempo, ainda levaria mais um baque. No final do primeiro tempo, Gilmar trombou com Junior Viçosa e levou a pior. Mesmo assim, voltou para o segundo tempo. Mas bastou a bola rolar para o veterano desabar no gramado: entorse no joelho direito. William entrou em seu lugar, mas ainda visivelmente sem estar na melhor forma. Com pouca mobilidade tornou-se presa fácil da marcação. Sem outra alternativa, Roberto mexeu no setor ofensivo mais uma vez com Gerônimo, que ainda não marcou um gol sequer na Série B na vaga de Rafinha. O que se viu foi um retrato perfeito de um time que marcou apenas 18 gols em 28 partidas.

Para se ter uma ideia da dificuldade em chegar ao ataque, a primeira, única e mais perigosa finalização alvirrubra chegou apenas aos 39 minutos, quando William cabeceou de costas e Marcelo Rangel mandou por cima.

E O GOIÁS?

O time de Hélio dos Anjos não é um primor de técnica - até porque se fosse não estaria lutando contra o rebaixamento - mas mostrou-se um time mais bem posicionado em campo. Com os setores mais próximos errou poucos passes, primeiro passo para deixar o adversário sem a bola e criar oportunidades de gol. Os dois jogadores mais qualificados tecnicamente, Elyeser no meio de campo e Carlos Eduardo no ataque terminaram fazendo a diferença. Foi assim no segundo gol, quando Elyeser arriscou da meia-lua. A bola quicou na frente de Jeferson, que ainda conseguiu defender parcialmente. No rebote, Tiago Luís foi rápido e empurrou para as redes aos 33 minutos do segundo tempo.

Ficha do jogo – Goiás x Náutico

Goiás

Marcelo Rangel; Pedro Bambu, Fábio Sanches, Alex Alves, Carlinhos; Victor Bolt (Péricles), Elyeser, Léo Sena; Carlos Eduardo, Júnior Viçosa e Nathan (Tiago Luís). Técnico: Hélio dos Anjos.

Náutico

Jefferson; Sueliton (Joazi), Aislan, Feliphe Gabriel, Manoel; Amaral, Diego Miranda, Giovanni; Rafinha (Gerônimo), Gilmar (William) e Dico. Técnico: Roberto Fernandes.

Local: estádio Serra Dourada, Goiânia-GO. Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS). Assistentes: Lucio Beiersdorf Flor e Leirson Peng Martins (Ambos do RS). Gols: Carlos Eduardo, aos 43 do primeiro; Tiago Luís, aos 33 do segundo tempo. Cartões amarelos: Victor Bolt, Fábio Sanches, Tiago Luís, Sueliton e Giovanni.

 

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