O Náutico errou bastante mas sobrou bravura para conquistar sua segunda vitória na Série B. Mais uma vez longe de casa, os alvirrubros conseguiram fazer 1x0, gol do zagueiro Breno Calixto ainda no primeiro tempo. O resultado deixou o time com 11 pontos, mas ainda longe de deixar a lanterna da competição. Valeu como bom cartão de visitas para o técnico Roberto Fernandes, que assume o comando nesta quarta-feira.
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OFENSIVO
Oito pontos e atolado na zona de rebaixamento quase na metade do campeonato exigiam que o time corresse algum risco. E o técnico interino Levi Gomes entendeu bem isso ao adotar um 4-3-3 clássico, com um volante e dois meias de origem - Amaral, Bruno Mota e Miranda. Não foi um rolo compressor, até porque isso não existe na Série B. Mas o Timbu ficou com a condição de arrancar nos contra-ataques com mais velocidade. E até teve oportunidades mas pegou em alguns aspectos básicos, principalmente Erick, que insistia em finalizar mesmo cercado por até três marcadores ao invés de servir algum companheiro mais bem posicionado.
O VILA
O time da casa também adotou uma formação semelhante, mas não usou os lados do campo tanto quanto o Náutico tentava. Prova disso é que as finalizações dos goianos foram de fora da área e sempre pelo corredor central. A mais perigosa saiu dos pés de Alan Mineiro, numa tentativa de encobrir Tiago Cardoso, sem sucesso.
O GOL
O Timbu abriu o placar após insistência de Ávila. Aos 32, ele estava na meia-lua, repleto de rivais. Cortou para o lado e encontrou espaço para chutar. A bola caprichosamente bateu em Maguinho e espirrou limpa para Breno Calixto, como um autêntico centroavante, fuzilar Luís Carlos. A comemoração foi bem ao estilo raiz do defensor: atirou-se ao chão, rolou na grama, deu tapas no gramado e puxou o escudo alvirrubro.
VOLTA NE RETRANCA
Seria difícil para os alvirrubros não voltarem para o segundo tempo mais fechados. Até aí tudo bem, o problema era a falta de compactação que tirava a possibilidade do contra-ataque. A linha de ataque, com Erick, Gilmar e Iago adiantou demais deixando um vazio no setor de meio de campo. Quando corrigiu a distância o trio desceu para além da linha divisória do gramado, concentrando jogo apenas no campo de defesa pernambucano.
ERROS E MAIS ERROS
Para sorte do Náutico, essa concentração de gente no corredor central deu certo. O Vila Nova insistia por ali e a bola batia e voltava o tempo todo. O detalhe que faltava era acertar aqueles três passes para fazer do contra-ataque uma possibilidade mais clara de gol. Aí o mérito ficou para Levi Gomes, que admitiu a limitação e acionou Aislan no lugar de Erick nos sete minutos finais para fechar a porta e jogar a chave fora.
Ficha do jogo:
Vila Nova: Luis Carlos; Maguinho, Alemão, Wesley Matos e Matheus Muller; PH (Thiago Adan), Geovane e Alan Mineiro (Fernando Medeiros); Alípio, Moisés e Mateus Anderson (Wallyson). Técnico: Hemerson Maria.
Náutico: Tiago Cardoso; David, Breno Calixto, Feliphe Gabriel e Henrique Ávila (Manoel); Amaral, Bruno Mota e Diego Miranda; Erick (Aislan), Gilmar e Iago (Gerônimo). Técnico: Levi Gomes (interino).
Local: estádio Serra Dourada, em Goiânia-GO. Árbitro: Felipe Gomes da Silva (PR). Assistentes: Victor Hugo Imazu dos Santos e Luiz Souza Santos Renesto (ambos do PR). Gols: Breno, aos 32 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Amaral.
