Influenciado pelo pai, o vice-presidente de futebol do Santa Cruz, Constantino Júnior, começou a frequentar a sede tricolor ainda criança. Filho de dirigente, acompanhava não só os jogos, mas também reuniões. As histórias nas arquibancadas são muitas, com incontáveis viagens de ônibus para incentivar o time. Uma verdadeira saga, nas palavras do coral.
Entre as muitas jornadas, dormindo na estrada, ônibus quebrando e atrasos, uma lembrança forte em um jogo em Santa Cruz do Capibaribe, cidade do Agreste pernambucano. “Entramos quando faltavam 15 minutos para acabar a partida. Chegamos ao Arruda e o ônibus já tinha ido embora. Pegamos um táxi até o TIP (Terminal Integrado de Passageiros) e de lá um ônibus de linha para ir a Santa Cruz”, contou Tininho, como é conhecido o vice-presidente. Para a felicidade do torcedor atrasado, uma vitória coral em campo. “Já vivenciei muita coisa na estrada, é um grande aprendizado. Não me arrependo, pois me fez ter mais amor ao clube, respeitar os companheiros que torciam. Foi enriquecedor”, relembra.
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Constantino participou de torcida organizada numa época em que não havia tantas brigas e confusões. Segundo ele, existiam rivalidades, mas não da forma como acontece atualmente. Ver o rumo tomado o chateia. “Eu participava de torcida organizada em uma época mais pacífica, administrável. Existia a rivalidade, mas não dessa forma. Hoje é tudo muito acentuado, brigas previamente marcadas, até em redes sociais”, lamenta.
Ele relembra que as organizadas deixavam o estádio bonito, com bandeiras, faixas, gritos, e participavam de gincanas promovidas por rádios, arrecadando livros, alimentos e roupas para doação. Constantino torce para que a atual situação seja repensada, trazendo junto um futebol de paz.
Agora, como vice-presidente do clube do coração, Toninho ressalta a satisfação em ajudar o Santa Cruz. “As dificuldades vão existir, mas com trabalho e determinação, a gente consegue viabilizar o clube.”