Ainda não se sabe quem tem razão no embate entre o ex-presidente Glauber Vasconcelos e o diretor Marcílio Sales, mas temos a certeza que já há um perdedor: o Clube Náutico Capibaribe. Isso porque a "briga" não leva a canto algum e não resolve os principais problemas do clube, seja dentro ou fora das quatro linhas. É algo muito menor do que a história do Timbu.
Mais do que se preocupar com quem "venceu o Sport" ou quem "deixou mais passivo", os alvirrubros deveriam pensar em uma união, mesmo que momentânea, em prol do Náutico, que até agora não engrenou na temporada e encontra dificuldades para manter suas finanças sustentáveis.
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Lembrando que o clube aderiu ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e não pode acumular passivos sob o risco de sair do programa e sofrer outros tipos de sanções. Essa sim deveria ser preocupação dos alvirrubros, de todos os grupos, afinal todos possuem uma parcela de culpa nisso.
É momento de parar com o "eu fiz isso ou aquilo" para conjugar o verbo na 1ª pessoa do plural. O "nós" tem que prevalecer na Rosa e Silva. Não é mais tempo de querer provar competência para a torcida através de títulos a qualquer custo. É compreensível que uma conquista é importante para o Náutico por conta do jejum de quase 13 anos, mas essa taça não pode vir com o aumento dos problemas. Isso vale para todos os grupos do clube. É preciso sustentabilidade até para se vencer.
Mas se a união não for possível pelo clube, que pelo menos haja um trabalho para a recuperação dos Aflitos, que apesar das diferenças, é desejo de praticamente todos os alvirrubros. Ao invés de gastarem energias com brigas que acrescentam muito pouco, poderiam trabalhar juntos para um retorno ao estádio afetivo dos torcedores.