Por Filipe Farias, da editoria de esportes do Jornal do Commercio
O não acesso do Náutico para disputar a Série A do Brasileiro do próximo ano prejudicou muitos setores do clube e não apenas o futebol. Um dos que vão sofrer em 2017, por exemplo, é o departamento de patrimônio alvirrubro, responsável pela reforma de modernização do estádio dos Aflitos.
Com a permanência do Timbu por mais um ano na Segundona, a receita do clube segue sem aumentar. O que é pior, com a perspectiva real de sofrer cortes drásticos. Sem a verba que receberia para jogar a Primeira Divisão, a diretoria alvirrubra sabe que será preciso muito esforço para dar prosseguimento ao sonho de retornar ao Eládio de Barros Carvalho já na próxima temporada.
“Sem dúvida que o fato de não subirmos nos prejudicou muito, porque a gente esperava como fato concreto o acesso à Série A. Isso facilitaria muito por todos os aspectos: o apoio do torcedor, o aumento de novos sócios, também o crescimento de sócios em dia... Consequentemente isso nos traria mais recursos para podermos acelerar as obras”, contou Stênio Cuentro, diretor de patrimônio do clube.
LEIA MAIS:
> Solidariedade marca adeus ao meia Cléber Santana
> Dado voltou ao Náutico por acreditar em títulos e acesso
Contudo, o engenheiro timbu afirmou que esse não era o único caminho que a diretoria tinha planejado para tirar do papel o sonho de ver o Náutico atuando novamente nos Aflitos. “Estamos trabalhando de maneira estratégica. Hoje, dentro do clube, estamos desenvolvendo duas ações. Uma está sendo articulada pela comissão que foi constituída pelo Conselho Deliberativo e pelo Executivo para tratar exclusivamente da volta aos Aflitos, e que está indo buscar apoio de outros órgãos e empresas privadas. E, paralelamente, nós da diretoria executiva estamos trabalhando em uma outra linha de ação em busca de investidores. Espero em breve anunciar de onde estará vindo esses recursos”, explicou Cuentro.
Sobre a manutenção do prazo para o Timbu retornar ao Eládio de Barros Carvalho, Stênio segue trabalhando com a perspectiva de isso acontecer ainda em 2017. “Otimismo é o meu nome. Trabalho sempre com o melhor cenário, mesmo diante de uma conjuntura local e nacional desfavorável”, afirmou, para logo depois revelar que as negociações sobre o rompimento com a Arena de Pernambuco ainda estão acontecendo, o que pode ajudar na modernização do estádio alvirrubro. “Estamos discutindo com a Arena os termos da rescisão, o que também pode nos gerar uma fonte de recursos”, falou.
