No dia 14 de março deste ano Marielle Franco, vereadora carioca do PSOL e líder comunitária da Favela da Maré, era silenciada com quatro tiros na cabeça. Quase oito meses depois, a polícia ainda não descobriu quem ordenou a execução. Apesar disso, o nome da ativista não foi esquecido e, nessa terça-feira (6), ela foi homenageada no programa Amor & Sexo.
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A presença de Anielle Franco, irmã de Marielle, e Mônica Benício, viúva da mestra em administração pública, emocionou bastante a equipe, os convidados e o público do programa noturno. "Minha companheira de luta não está mais aqui comigo. Esse lugar de fala que ela ocupava, a gente está tentando dar conta", contou a irmã da líder comunitária.
Marielle Franco (Imagem: Reprodução)
Lia Rocha, amiga de Marielle e doutora em sociologia, fala sobre as mudanças na batalha por justiça desde a morte da vereadora: "Sempre pesquisei a violência no Rio de Janeiro contra os moradores da favela. Mas pelo o que estou vivendo, aprendi a ter mais respeito por esses familiares que lutam por justiça. Existem momentos que desejamos estar em casa, chorando. Não era para eu estar aqui, era para a Marielle estar aqui. Mas a morte dela fez com que a gente aprendesse a transformar luto em luta".
Mônica Benício, a viúva de Marielle Franco, mostrou admiração:
Marielle era temida pelo mesmo motivo que era muito amada: ela carregava no corpo dela todas as pautas que lutava e acreditava. Ela era uma mulher com todos os seus estigmas e características ocupando um espaço de poder, onde a sociedade machista e racista luta para que ela não ocupe esses espaços."Mônica Benício
