Após polêmica, Kleber Mendonça Filho convida Joanna Maranhão para estreia de "Aquarius"

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 10/08/2016 às 11:13
joanna FOTO:

Se tem uma pessoa que está entre as mais faladas da Rio 2016, ela é Joanna Maranhão. Tudo começou após uma declaração da nadadora em uma das suas redes sociais, em que refletia sobre sobre a sua participação nas Olimpíadas, mas acabou sofrendo várias ofensas. Foi então que o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho disse que iria convidar Joanna para a estreia do premiado filme Aquarius, dirigido por ele.

Joanna, inclusive, afirmou que ia denunciar os usuários que comentaram ofensas em seu Facebook. "A todos os perfis verdadeiros que vieram até aqui denegrir, ofender e xingar: muito obrigada! Fiquei em silêncio permitindo que vocês se sentissem a vontade enquanto o advogado coletava nome, dados e cpf de cada um. A partir da próxima semana estaremos entrando com ação na justiça, com todas as provas (inclusive cobertura da imprensa), trata-se de uma causa ganha e com esse dinheiro estaremos potencializando as ações da ONG infância livre. Sendo assim: muito obrigada! O ódio de vocês será revertido para uma boa causa; combate à pedofilia", afirmou a atleta.

 

Foto: Reprodução Foto: Reprodução

O filme, super premiado internacionalmente, que chegou a concorrer em Cannes, foi gravado aqui e estreia no dia 20 de agosto. Sonia Braga já é presença confirma no evento.

Machismo

A nadadora não gostou da repercussão negativa das suas postagens e voltou a falar:

 

“O Brasil é um país muito racista, preconceituoso, racista, homofóbico, voltado ao futebol, e os ataques que são feitos lá as pessoas pensam que não afeta. Eu sempre me posicionei politicamente, porque sinto que todo ser humano tem um papel a fazer, mas eu quero um país para todo mundo. Não quero que a Tais Araújo seja chamada de ‘macaca’, que a Rafaela Silva seja chamada de ‘decepção’, amarelona'. Nem todo mundo entende a dificuldade que é [estar aqui nas Olimpíadas]. Mas desejar que minha mãe morra, que eu me afogue, que eu seja estuprada, que a história da minha infância seja algo que eu inventei para estar na mídia já ultrapassa. Eu falo sobre coisas que a maioria dos atletas não fala, eu aguento porrada, mas tudo tem limite. Quando tem desrespeito por eu ser mulher ou ser do Nordeste, aí eu vou tomar as medidas jurídicas”.

Joanna Maranhão

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