Google demitiu 48 pessoas em dois anos por acusações de assédio sexual

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 26/10/2018 às 14:59
Google/ Divulgação FOTO:

O Google informou nesta quinta-feira que demitiu 48 funcionários nos últimos dois anos, incluindo 13 executivos, por acusações de assédio sexual.

A empresa garantiu que tem adotado "uma linha cada vez mais rígida" contra esse tipo de conduta.

O diretor executivo da companhia, Sundar Pichai, incluiu essa informação em um documento interno aos funcionários, obtido pela AFP, e elaborado em resposta ao New York Times que havia informado que o criador do Android, Andy Rubin, recebeu uma indenização de US$ 90 milhões ao ser demitido após acusações de comportamento inadequado.

Em seu comunicado, Pichai assegurou que nenhum dos funcionários demitidos por esta causa receberam "presentes de saída", em referência à indenização.

"Nos últimos anos, fizemos uma série de mudanças, inclusive adotamos uma linha mais dura sobre o comportamento inadequado de pessoas em posições de autoridade", afirmou Pichai.

Ele acrescentou que o artigo do Times era "difícil de ler", mas não abordou diretamente as afirmações.

"Levamos muito a sério o fato de garantirmos um local de trabalho seguro e inclusivo", disse. "Queremos garantir a todos que estudamos todas as reclamações sobre assédio sexual ou comportamento inadequado, investigamos e tomamos medidas".

Citando documentos e entrevistas, o New York Times informou que Rubin foi um dos três principais executivos que o Google protegeu na última década, após denúncias de comportamento sexual inadequado.

Dois funcionários do Google, citados anonimamente, asseguram no artigo que o então diretor executivo Larry Page solicitou a renúncia de Rubin quando a empresa confirmou a queixa de uma mulher.

Sam Singer, porta-voz de Rubin, rejeitou as acusações em um comunicado à AFP, alegando que o criador do Android deixou o Google por iniciativa própria para lançar a incubadora de tecnologias Playground.

© Agence France-Presse

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