Ciberataque em Singapura estaria vinculado a governos estrangeiros

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 06/08/2018 às 15:19
Foto: Pixabay
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Por AFP

O maior ciberataque já registrado em Singapura foi realizado por 'hackers' muito sofisticados, normalmente vinculados a governos estrangeiros, disse nesta segunda-feira um ministro do governo sem dar nomes.

O ataque informático ocorreu entre 27 de junho e 4 de julho, e se trata do maior roubo de dados da história deste pequeno arquipélago do sudeste asiático, com 5,8 milhões de habitantes.

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Os 'hackers' entraram na base de dados do governo e roubaram os informes médicos de 1,5 milhão de habitantes de Singapura, incluindo o do primeiro-ministro, Lee Hsien Loong, um dos alvos deste ataque "sem precedentes", disse o governo.

"Fizemos uma análise detalhada deste ataque e concluímos que é o trabalho de um grupo de ameaça persistente avançada (APT)", declarou nesta segunda-feira o ministro da Comunicação e Informação, S. Iswaran.

"Trata-se de uma classe de ciberataque sofisticado normalmente vinculado a governos que realizam campanhas cibernéticas extensas e cuidadosamente planejadas para roubar informação ou interromper operações", disse ante o parlamento, onde se discutia o problema.

Iswaran explicou que o grupo de APT "foi persistente em seus esforços para penetrar e se ligar à rede, evitar as medidas de segurança e acessar ilegalmente, e vazar dados".

Embora o ataque tenha se ajustado ao perfil de "alguns grupos conhecidos de APT", Iswaran informou que não daria publicamente nenhum nome por motivos de segurança nacional.

Especialistas em segurança já tinham apontado anteriormente atores estatais como possíveis culpados, tendo em conta a escala e a sofisticação do ataque.