Caiu num golpe de WhatsApp? Saiba o que fazer

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 24/04/2017 às 10:00
Foto: Pixabay
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Os golpes propagados através de aplicativos de mensagens, principalmente o mais usado deles, o WhatsApp, têm atingido cada vez mais usuários, na mesma medida em que as pessoas adotam cada vez mais esse tipo de ferramenta. Com todo mundo com um smartphone na mão quase 24h por dia, as chances de aplicar um golpe bem sucedido são muito maiores do que num computador ou através de spams por email.

Num exemplo recente, uma campanha falsa prometendo vale-presentes em uma rede de perfumaria e cosméticos afetou mais de 50 mil pessoas em 5 dias. O usuário era encaminhado para se cadastrar em sites maliciosos, que efetuam cobranças indevidas,ou a baixar aplicativos falsos, que podem infectar o smartphone e deixa-lo vulnerável a crimes e prejuízo financeiro.

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Quase todo mundo já recebeu alguma mensagem desse tipo em grupos compartilhados com familiares ou amigos. E se recebeu, provavelmente significa que a pessoa que enviou foi mais uma vítima de golpe e pode estar sujeita a sofrer ataques cibernético ou ver seus dados sendo capturados por cibercriminosos. Então, o que fazer se formos vítimas de tais esquemas fraudulentos?

"Para tomar alguma medida, é preciso apurar que prejuízo você teve. Antigamente os golpes eram quase como uma molecagem, cujo objetivo era travar o sistema. Hoje a intenção é dar oportunidade para estelionatários se aproveitarem de dados de quem clicou no link", explica Ricardo Sordi, advogado sócio do escritório Brasil Salomão e Matthes.

Dessa forma, preventivamente, é importante sabe quais dados você leva no seu smartphone ou computador que podem ser usados para lhe prejudicar, uma vez que forem roubados. "Aplicativos de banco e informações pessoais, principalmente. O usuário deve entrar em contato com os operadores de cartão para mudar a senha, cancelar o cartão se for o caso e tomar medidas preventivas", conta o advogado.

Uma vez identificado o prejuízo - caso houver - informar a autoridade policial é a primeira medida, pois só eles podem solicitar à Justiça um rastreamento par saber quem aplicou o golpe. "Em muitos casos, o estelionatário se utiliza de várias fachadas para se esconder, e pode estar até fora do País. Nesses casos é necessário também avaliar se o fornecedor de serviços, como o banco por exemplo, não tomou medidas para prevenir uma movimentação estranha na minha conta", afirma Sordi.

Recorrendo ao chavão, "cada caso é um caso". Em algumas situações o usuário poderá recuperar seu prejuízo, em outras não. O advogado alerta: "a pessoa tem que estar atenta de qualquer forma. Se recebeu uma promoção, consultar o site oficial a empresa para saber se é verdadeira. Para o outro lado, vale a mesma ação: as empresas têm que informar imediatamente aos consumidores se algum boato de promoção em nome dela está sendo espalhado nas redes".

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