Quantum Go, da Positivo, é smartphone com câmera boa e preço competitivo

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 03/09/2015 às 10:34

Foto: Amanda Miranda/Divulgação. Foto: Amanda Miranda/Divulgação.

Por Amanda Miranda

Do NE10

SÃO PAULO - O Quantum Go, um novo smartphone exclusivo para o mercado nacional, foi lançado na noite dessa quarta-feira (2), em São Paulo. O preço é o que chama mais atenção: a partir de R$ 699 para qualidades como a câmera de 13 megapixels - podendo ser ampliada para 24 megapixels com o recurso Quantum Resolution.

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O celular é produzido pela Positivo, a partir da ideia de três jovens brasileiros, mas tem concepção bem diferentes de outros produtos da marca. Uma delas é o público-alvo. O Quantum Go foi feito para tentar fisgar pessoas que, nas palavras dos criadores, prezam por compras inteligentes. "Possibilita que os nossos consumidores atinjam o melhor nível de tecnologia possível com o menor investimento", afirmou um dos responsáveis pela nova marca, Marcelo Reis. "O Quantum é voltado a um público mais tecnológico", definiu o presidente da Positivo, Hélio Bruck Rotenberg.

O de R$ 699 é o 3G com armazenamento de 16 GB. O 3G com 32 GB custa R$ 799. A versão 4G, com 32 GB, sai a R$ 899.

Um dos motivos para atingir esses preços é o modelo de negócio. Os smartphones não serão revendidos pelas grandes varejistas, mas estão disponíveis no site meuquantum.com.br. Com isso, foi eliminado um dos custos. "Não há mais intermediação da venda da fábrica para o consumidor. Isso é o que mais evoluiu, economizar na cadeia produtiva", explica Rotenberg. É uma estratégia parecida com o que fez a Xiaomi quando chegou ao Brasil.

Foto: Amanda Miranda/NE10. Foto: Amanda Miranda/NE10.

Para atender à demanda de quem quer mexer no celular antes de comprar, foram montados 20 quiosques nas maiores capitais do País. Uma delas é Recife, onde também está uma das 25 assistências técnicas. "O mercado brasileiro é o Brasil. Todas as iniciativas são para todo o País", afirmou o presidente da Positivo, questionado se haveria investimentos para o Nordeste.

Impressoras 3D também estarão disponíveis nesses pontos para atrair clientes em potencial. "O brasileiro é muito caloroso, gosta do contato físico", brincou Marcelo Reis.

Primeiras impressões

Quem passar pelos quiosques perceberá ainda como o celular é leve. Com 115 gramas, impressiona quem usa outros modelos. O Quantum Go tem 6,5 milímetros de largura e é quadrado, em design feito junto com uma empresa chinesa. O smartphone vem nas cores cinza, branca e dourada, mas podem ficar coloridas com as capinhas DuoCase, vendidas por R$ 59,90 - o que economiza no valor do aparelho gasta no acessório - e que podem ser usadas separadamente, deixando o celular com duas cores.

A tela é de cinco polegadas AMOLED, com resolução HD. Para quem costuma derrubar o smartphone e morre de medo de quebrá-la, é protegida por Corning Gorilla Glass.

Mas o diferencial é a câmera de 13 megapixels, lente com cinco elementos e abertura f/2.0. A frontal, para os selfies, tem 5 megapixels e lente grande-angular, com visão de até 84°.

Divulgação. Divulgação.

Alguns recursos foram desenvolvidos para tentar poupar a bateria - segundo um dos criadores do celular, Vinicius Grein, ela dura o dia inteiro, mas não comprovamos ainda. Uma das técnicas é ativar a tela em preto em branco quando chega a 15%, já que o preto não gasta energia. A memória é de 2 GB DDR3.

O MundoBit recebeu o Quantum essa noite e, pelo menos inicialmente, a bateria não passou tão bem no teste. Eram 22h quando ligamos um smartphone que estava com a carga pela metade. Baixamos aplicativos como o Gmail, o Facebook, o Twitter e o Instagram, usados normalmente, e ela havia caído pela metade quatro horas depois.

O sistema operacional é o Android 5.1 Lollipop. A CPU é octacore de 64-bit MediaTek. Há recursos como TV Digital e Rádio FM e em todos os modelos recebe dois chips.

Concorrência

Embora tenha preços competitivos, o primeiro modelo da marca não tem características tão inovadoras. Questionado quais seriam os diferenciais em relação a concorrentes como a Asus, que lançou recentemente o seu Zenfone 2, o presidente da Positivo rebateu: "É mais barato e com mais especificações comparando com o concorrente que você citou." E alfinetou: "Diferente de outras que querem entrar no Brasil, a fábrica é nossa", disse Rotenberg em outra oportunidade.

Ainda não há planos para levar o celular para fora do País, embora a Positivo já tenha operações na Argentina e Ruanda. Se ele vai chegar ao varejo também dependerá da demanda. Não foram divulgados números de investimentos e de produção, mas os de vendas são prometidos para outubro. Será que vai aí um concorrente de peso?

* Viajou a convite da Positivo.