Testamos: Zenfone 2 traz força bruta e custo-benefício para competir entre os tops

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 21/08/2015 às 17:11

Foto: Marina Padilha/NE10. Foto: Marina Padilha/NE10.

Antes de começar a análise do novo Zenfone 2, da Asus, é bom ficar claro: você não vai encontrar nenhum aparelho mais potente que este por até 1.500 reais. A estratégia da marca taiwanesa parece ser mesmo a de fazer diferença com preços competitivos. Além disso, o celular chega ao mercado com o diferencial de ser o primeiro com 4GB de RAM a ser comercializado por aqui.

A Asus anunciou nesta quinta (20) detalhes do Zenfone 2, além de três novos modelos, o Zenfone 2 Deluxe, o Zenfone 2 Flash e o Zenfone Selfie. Veja todos os detalhes aqui.

A versão enviada para a redação do NE10 foi a de 32 GB, mas a empresa também comercializa o modelo de 16 GB. Depois de fazer sucesso no mercado de aparelhos baratos e de bom custo-benefício com Zenfone 5, a Asus agora quer bater de frente com os poderosos e caros topo de linha. E mira não só em competidores equipados com Android como o Galaxy S6, mas no iPhone 6 e 6 Plus. Durante a apresentação em São Paulo, as comparações com o aparelho da Apple foram recorrentes.

E, de fato, o Zenfone 2 supera mesmo o iPhone 6 em muitas comparações. Ele tem processador quad-core de 2,3 GHz e 4 GB de RAM (também será vendido uma versão de 2GB). Ele também oferece suporte a 4G. Nas especificações, o hardware derrota o iPhone 6, que tem processador dual-core de 1.4 GHz e apenas 1 GB de RAM.

zenf2

Design

Para quem gosta de smartphones grandes, ele é bem confortável de se manusear. Tem um corpo curvo com 3,9 mm de espessura e 170 gramas. Os botões de volume foram para a parte de trás do aparelho e o liga/desliga para a parte de cima, ao lado da entrada do fone de ouvido. É um pouco estranho para quem não tem familiaridade com smartphones grandes. Ainda que os botões traseiros não sejam um problema, achei o botão do topo um pouco problemático.

Primeiro ele é bastante duro e força o usuário a mexer a mão até uma distância grande para poder alcançá-lo. Quem tem mãos pequenas vai demorar a se acostumar. Como o aparelho é bem grande, uma solução mais amigável seria providencial. Para auxiliar, a Asus criou o dois toques na tela para ligá-la.

O corpo é de plástico com um revestimento traseiro que imita metal escovado. A Asus perde neste quesito de seus outros concorrentes, como o novo Moto G e sua traseira texturizada, o LG G4, com vários materiais e o iPhone 6, com alumínio.

Fotos diurna e noturna com o Zenfone 2. (Foto: Paulo Floro/NE10). Fotos diurna e noturna com o Zenfone 2. (Foto: Paulo Floro/NE10).

Imagens

As primeiras impressões que temos com o Zenfone 2 é de um celular com boa performance. Ele funcionou bem com cerca de 15 aplicativos abertos, incluindo a edição de fotos e conversa por Skype. Nesse sentido, os 4GB de RAM fazem muita diferença. Com aplicativos cada vez mais pesados e arquivos de alta qualidade, o consumo de memória cresce exponencialmente. A tela de 5,5" é resistente e tem bastante nitidez (403 dpi), o que gerou realismo nas fotos e vídeos feitos com a câmera traseira de 13 megapixels.

Falando em câmeras, a traseira mandou bem tanto em ambientes escuros quanto iluminados. Os contornos, cores e detalhes ficaram bem perceptíveis. A frontal traz 5 megapixels e funciona bem para selfies. Com um ângulo de 85 graus, dispensa os famigerados paus de selfie. Há também uma função panorama para selfies que alcança até 140 graus.

A bateria consegue garantir autonomia mesmo com esse desempenho e consumo de hardware. Nos testes, o Zenfone 2 aguentou até 8 horas com uso de médio a moderado e até um dia inteiro com baixo uso.

Foto: Mariana Dantas/NE10. Foto: Mariana Dantas/NE10.

Software

Entre os pontos negativos do aparelho estão os aplicativos embutidos, tanto da Asus quanto de parceiros. Com exceção de programas úteis como o Dr. Safety, que gerencia limpezas no aparelho, a maior parte parece desnecessária. Esses pré-instalados incluem a suíte dos apps Google e os diversos apps da própria Asus - desinstalei mais de 10 nas primeiras horas de uso.

A empresa usa o ZenUI, uma modificação do Android. Uma vantagem é que a partir de agora a companhia vai liberar atualizações individuais desses apps e recursos, o que torna a manutenção menos traumática.

A Asus permite personalizar bastante e deixa o usuário escolher o que quer manter no aparelho. Mas para quem não é experiente em Android, vai ter um pouco de trabalho.

A família Zenfone 2. (Divulgação). A família Zenfone 2. (Divulgação).

Peso-pesado no ringue

Com um hardware de ponta, a maior vantagem do Zenfone 2 é mesmo seu preço. A empresa sacrificou na escolha de materiais e em escolhas de design para se manter competitiva, mas apostou no hardware. Por isso, na força bruta, segue sendo um dos mais fortes concorrentes entre os tops hoje em dia.