Justiça proíbe aplicativo Tubby mesmo antes da estreia

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 05/12/2013 às 14:34

Tubby, retaliação dos homens, chegou essa semana (Foto: Divulgação) Tubby, retaliação dos homens, chegou essa semana (Foto: Divulgação)

Mesmo antes de ser lançado oficialmente, o Tubby já foi tirado do ar. A Justiça determinou, através de uma liminar, que o aplicativo de avaliação de mulheres seja proibido no Brasil.

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A decisão veio do juiz Rinaldo Kennedy Silva, titular da Vara Especializada em Crimes Contra a Mulher de Belo Horizonte. Ele baseou sua decisão em uma medida cautelar pedida por grupos de defesa dos direitos humanos e feministas. Entre as associações estão Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa), que entraram com o pedido baseado na com base na Lei Maria da Penha (11.340/06). Segundo elas, o aplicativo é uma violência contra a mulher.

Na decisão, o juiz determinou que as lojas de aplicativos AppStore e GooglePlay não ofereçam o aplicativo para download, além de proibir a próprioa equipe do Tubby de disponibilizar o app. Até mesmo o Facebook foi citado - a rede social está impedida de vincular seus dados ao app. A multa diária é de R$ 10 mil.

"Há fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la", disse o juiz Kennedy em sua decisão.

O Tubby estrearia nessa sexta (6) e já tinha liberado a solicitação de bloqueio de perfis para mulheres que não desejassem ser avaliadas. O app é uma retaliação ao Lulu, que avalia homens em diversos quesitos, como educação, sexo e beleza. [Via G1 e YouPix]