Anvisa aprova registro definitivo da vacina da Pfizer contra a covid-19, mas governo não tem acordo para compra

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José Matheus Santos

Publicado em 23/02/2021 às 9:44
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta segunda-feira (23), que concedeu o registro definitivo da vacina Pfizer/Biontech contra a covid-19.

A concessão definitiva foi feita pela Gerência Geral de Medicamentos da agência e foi feita após análise de 17 dias, segundo a Anvisa.

Ainda de acordo com a agência, trata-se do primeiro registro de vacina contra a covid 19 para uso amplo, nas Américas.

"O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa", informou a agência reguladora.

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No entanto, apesar do registro definitivo, até o momento, o governo brasileiro não tem acordo para a compra do imunizante da Pfizer após impasses em negociações.

Enquanto a Pfizer quer que o governo brasileiro se responsabilize por eventuais demandas judiciais decorrentes de efeitos adversos da vacina, o Ministério da Saúde não aceita.

A farmacêutica estadunidense ainda quer que qualquer imbróglio jurídico seja resolvido em uma Câmara Arbitral de Nova York. E pede que o governo renuncie à soberania de seus ativos no exterior como garantia de pagamento, bem como constitua um fundo garantidor com valores depositados em uma conta no exterior.

Na América Latina, o Chile já assinou contrato com a Pfizer e recebeu, em dezembro, milhares de doses da vacina, que já são aplicada na população. O país foi o primeiro da América do Sul a começar a imunização. Na região, apenas Brasil, Venezuela e Argentina aceitaram regras da Pfizer, ou seja, sem fechar acordo.

Ao todo, 69 países já compraram a vacina Pfizer/BioNTech. A eficácia do imunizante é de mais de 90%, segundo a análise preliminar dos testes da fase 3.

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